COMÉRCIO NACIONAL
CNC diz que intenção de consumo das famílias tem ligeira alta em fevereiro
Por Marcelo - Em 18/02/2022 às 7:03 PM
O indicador de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) subiu 0,4% e chegou aos 77,6 pontos em fevereiro, o maior nível desde maio de 2020, quando o ICF estava em 81,7. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (18) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Na comparação com fevereiro do ano passado, o aumento foi de 4,6%.
De acordo com a CNC, o indicador está abaixo do nível de satisfação, de 100 pontos, desde abril de 2015, quando ficou em 102,9 pontos. Por faixa de renda, as famílias que ganham acima de dez salários mínimos indicaram nível de insatisfação de 94,5 pontos, uma queda de 0,6% no mês e alta de 10,5% na comparação anual. O indicador para as famílias com renda abaixo de dez mínimos subiu 0,7%, atingindo 74 pontos. No ano, houve alta de 2,9%.
Momento atual
O indicador do emprego atual mostrou que 35,1% dos entrevistados se sentiram tão seguros quanto no ano passado, uma proporção menor do que o registrado em janeiro, quando eram 35,6%, mas maior do que em fevereiro de 2021 (32,0%). A parcela que se sente mais segura com o emprego aumentou de 25,2% em janeiro para 26,8%, alta que ocorre desde agosto.
O emprego atual atingiu 99,6 pontos, o maior indicador da pesquisa em fevereiro e também o maior nível desde maio de 2020, quando chegou a 101,7 pontos. A renda atual foi considerada igual à do ano passado 41%, abaixo dos 41,4% de janeiro e acima dos 39,1% de fevereiro de 2021. A melhora na renda foi percebida por 21,7% este mês, ante 20,4% em janeiro, sendo o maior percentual desde junho de 2020 (21,9%).
Consumo
O acesso ao crédito teve percepção de piora para 42,4%, ante 42,9% no mês anterior e 40,2% em fevereiro de 2021, atingindo 80,9 pontos. O nível de consumo atual foi menor do que no ano passado para 53,6%, proporção menor do que os 54,1% de janeiro e os 57,3% registrados em fevereiro de 2021. Com isso, o indicador alcançou 62,4 pontos.
A parcela de consumidores que acredita ser um momento negativo para a compra de bens duráveis ficou em 75,4%, acima dos 75,0% observados no mês anterior e dos 73,6% em fevereiro de 2021, chegando ao nível de 43,5 pontos, o menor índice da pesquisa no mês.
Quanto à perspectiva de consumo, 47,1% das famílias disse acreditar que vai reduzir as compras nos próximos três meses, sendo a menor taxa desde abril de 2020, quando a proporção era de 39,5%. Mesmo assim, segundo a CNC, o indicador revela uma percepção positiva em relação ao consumo atual para os próximos meses, com 80,9 pontos. (Agência Brasil)