FATURAMENTO DE R$ 57,48 BILHÕES
CNC estima que faturamento do varejo no Natal terá alta de 9,8% frente a 2020
Por Marcelo - Em 13/12/2021 às 8:13 PM
Um levantamento realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostra que o varejo brasileiro deverá movimentar cerca de R$ 57,48 bilhões em vendas neste Natal, com alta do faturamento de 9,8% em relação ao volume registrado em igual período do ano passado.
O ramo de supermercados deverá ser o destaque no Natal deste ano, respondendo por 38,5% (R$ 22,11 bilhões) do volume total, seguido pelos estabelecimentos de vestuário, calçados e acessórios (35,3% do total ou R$ 20,28 bi) e pelas lojas de artigos de uso pessoal e doméstico (13,2% ou R$ 7,60 bilhões).
Apesar disso, o economista sênior da CNC, Fábio Bentes, advertiu nesta segunda-feira (13), que uma vez descontada a inflação, o volume de vendas sofrerá retração pelo segundo ano consecutivo, da ordem de 2,6% em 2021, comparativamente ao volume de vendas natalinas registradas em 2020.
Em 2019, o movimento do comércio registrou uma expansão de 4,8%. O Natal é a principal data comemorativa do varejo brasileiro, tendo respondido por 22% do total das vendas de dezembro nos últimos dez anos. Bentes destacou que o aumento no faturamento deverá ser corroído pela inflação alta de dois dígitos.
Apesar de o fluxo de consumidores estar voltando aos níveis pré-pandemia, o economista observou que o bolso dos consumidores está diferente. De acordo com pesquisa do Google, realizada no fim da primeira semana deste mês, pela primeira vez desde o início da pandemia, o fluxo de consumidores em estabelecimentos comerciais superou a quantidade observada de clientes ao fim de fevereiro de 2020, com alta de 1,9%. No mesmo período do ano passado, o fluxo de consumidores estava 13,4% abaixo do nível pré-pandemia.
Ele lembrou, ainda, que no Natal do ano passado a inflação estava na casa dos 5% a 6%. “Hoje, ela é o dobro disso”. O País agora tem juros mais altos também, o que torna o crédito nada atraente para o consumidor. Em dezembro do ano passado, a taxa média de juros ao consumidor estava em 37% ao ano. Este ano, deverá ficar acima de 45%. “Isso faz diferença na hora do consumo a prazo”, lamentou Fábio Bentes. (Agência Brasil)