MEDIDA PELO PIB
CNI projeta que economia nacional pode registrar expansão de até 3% este ano
Por Marcelo - Em 23/03/2021 às 2:15 AM
A Confederação Nacional da Indústria prevê que a economia brasileira, medida pelo Produto Interno Bruto, vai crescer 3% este ano, em um cenário base que considera o retorno da atividade econômica em maio, com a redução das medidas de isolamento social e controle da pandemia.
É o que revela o Informe Conjuntural do 1º trimestre do ano. Pelas estimativas do setor, o PIB industrial crescerá 4,3% em 2021, puxado pela indústria de transformação, com alta prevista 5,7%. A indústria extrativa crescerá 2% e a indústria de construção deve subir 4%.
Para a entidade, a segunda onda da pandemia e os efeitos sobre a economia tornam ainda mais urgentes as reformas estruturais, principalmente a tributária. “Nos últimos dez anos, a economia brasileira cresceu a uma taxa média anual de apenas 0,3%, enquanto a indústria de transformação encolheu 1,6% ao ano, em média. Para a CNI, não há mais tempo para se atacar um problema de cada vez”, diz a entidade.
Além do cenário base, a CNI avalia dois outros cenários, um mais otimista e outro mais pessimista. No mais otimista, embora muito improvável, o PIB brasileiro poderia crescer 4,5% este ano, com o PIB industrial, por sua vez, crescendo na faixa de 6,9%, puxado pelo crescimento de 9,7% da indústria de transformação.
Para isso ocorrer, segundo a previsão, será necessário que as medidas de isolamento já adotadas sejam suficientes para desafogar o sistema de saúde e sejam flexibilizadas ao fim de abril ou início de maio. Dessa forma, a queda da atividade em março e abril pode ser de apenas 3,6%.
Já no cenário pessimista, a CNI argumenta que a piora significativa da situação sanitária obrigará os entes públicos a endurecer as medidas de distanciamento social e de restrição da atividade econômica, que também durarão mais tempo.
Apenas em 2022 a atividade retornaria ao nível de atividade pré-pandemia, de fevereiro de 2020, e o País teria, em 2021, um crescimento do PIB reduzido a 0,6%, com o PIB industrial crescendo 1,3%.