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CNI propõe “pacto nacional” para sustentar crescimento econômico

Por Redação - Em 06/01/2025 às 10:41 AM

Presidente Da Cni, Ricardo Alban, Foto Agência Brasil

Ricardo Alban destacou que, apesar das medidas de contenção de despesas, a magnitude do corte não elimina a necessidade de um pacto mais amplo FOTO: Agência Brasil

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, defendeu, nesta segunda-feira (6), o lançamento de um “pacto nacional” envolvendo os três Poderes, empresários e trabalhadores, com o objetivo de criar uma agenda mínima para garantir o crescimento econômico sustentável do Brasil. Em um comunicado de 31 parágrafos, Alban alertou sobre os riscos de “consequências adversas” no aumento dos juros e da desvalorização cambial para os investimentos produtivos.

A moeda brasileira sofreu uma desvalorização de quase 22% em 2024, permanecendo acima de R$ 6 por dólar, enquanto o Banco Central iniciou um ciclo de alta da Selic, que deve alcançar 14,75% ao ano até o final de 2025, segundo o boletim Focus. Esse cenário, somado ao pacote de contenção de gastos aprovado pelo governo em novembro, gerou preocupações sobre o descompromisso do governo com a sustentabilidade das contas públicas e a crescente dívida pública.

Alban destacou que, apesar das medidas de contenção de despesas, a magnitude do corte não elimina a necessidade de um pacto mais amplo. Ele defendeu a criação de um consenso entre os setores público e privado, visando a estabilidade cambial, juros mais baixos e disciplina fiscal, como pilares para um ambiente macroeconômico equilibrado.

O presidente da CNI enfatizou a importância de uma ação coordenada entre governo, setor produtivo e trabalhadores para evitar um novo ciclo de instabilidade e baixo crescimento. Ele pediu a preservação de medidas que incentivem a inovação, infraestrutura, educação e tecnologia, fundamentais para o aumento da competitividade no longo prazo.

Alban concluiu que, para garantir um crescimento inclusivo e duradouro, é essencial iniciar este processo ainda no início de 2024, criando um ponto de inflexão que impulse o país para um ciclo de expansão econômica estável.

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