A Latam e a Azul comunicaram o fechamento de um acordo de codeshare no mercado aéreo brasileiro, com o objetivo de aliviar os impactos operacionais e econômicos provocados pela pandemia do novo coronavírus, que derrubou drasticamente o número de voos.

Azul e Latam vão compartilhar 50 rotas domésticas                                        Foto: Divulgação

Analistas dizem que o compartilhamento de voos é uma opção positiva para as duas empresas, não deverá sofrer sanções por parte do Cade e é bem vista pelo Governo Federal, pois poderá representar a sobrevivência de duas das três maiores empresas aéreas do Brasil.

A princípio, essa seria uma operação compartilhada a ser adotada durante o período da pandemia e enquanto a busca por passagens aéreas dentro do Brasil não retomar a pujança que havia antes de a Covid-19 chegar ao território nacional.

Um eventual entre as duas empresas, no futuro, não foi completamente descartada pelo CEO da Latam, Jerome Cadier, mas que neste momento isso seria inviável, devido à complexidade que essa transação implicaria.

Já o presidente da Azul, John Rodgerson, foi mais enfático e disse que a fusão não deve acontecer, pois o acordo de compartilhamento de aeronaves em 50 rotas fechado nesta segunda-feira (16), seria apenas para ultrapassar este momento desafiador do setor aéreo nacional.

Os voos que fazem parte do acordo de codeshare representam pouco mais de 14% das 350 rotas operadas pelas duas empresas, antes da pandemia e não tenham origem/destino em Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Curitiba, Guarulhos, Porto Alegre e Recife.

E, ainda de acordo com a negociação fechada pelas companhias aéreas, estão envolvidos os seus programas de fidelidade TudoAzul (12 milhões de associados) e Latam Pass (37 milhões), fazendo com que os clientes possam acumular pontos no qual preferirem.