Embora as exportações da indústria brasileira tenham atingido US$ 7,8 bilhões, um novo recorde para um primeiro trimestre, a balança comercial manteve-se negativa

A corrente de comércio entre Brasil e Estados Unidos alcançou US$ 20 bilhões no primeiro trimestre de 2025, superando a marca histórica para o período. De janeiro a março, o Brasil exportou US$ 9,7 bilhões e importou US$ 10,3 bilhões dos EUA, de acordo com a Câmara Americana de Comércio (Amcham Brasil). Esse volume representou um aumento de 6,6% em relação ao mesmo período de 2024.

Embora as exportações da indústria brasileira tenham atingido US$ 7,8 bilhões, um novo recorde para um primeiro trimestre, a balança comercial manteve-se negativa. As exportações para os EUA representaram 18,1% do total das exportações industriais do Brasil.

Seis dos dez principais produtos exportados para os EUA apresentaram crescimento, com destaque para sucos, óleos combustíveis, café não torrado, aeronaves e semiacabados de ferro ou aço. Do lado das importações, os Estados Unidos venderam mais óleos brutos de petróleo, medicamentos, motores, e outros produtos farmacêuticos ao Brasil.

Apesar do aumento no comércio bilateral, a Amcham alertou para o impacto das tarifas de importação dos EUA. O relatório menciona a sobretaxa de 10% sobre exportações brasileiras e as tarifas de 25% sobre aço, alumínio e autopeças como fontes de incerteza para o comércio entre os dois países.

O governo brasileiro segue focado em negociar a redução dessas tarifas, especialmente a do aço e alumínio, que são consideradas as mais viáveis de serem revertidas. A negociação também inclui a possibilidade de abrir cotas para alguns produtos.