Comércio bilateral

Comitiva de 80 empresários da CNI acompanha Lula em visita ao Japão

Por Anchieta Dantas Jr. - Em 24/03/2025 às 4:20 PM

Ediício Sede Da Cni Em Brasília Foto Divulgação

Edifício sede da CNI em Brasília (DF) Foto: Divulgação

Uma comitiva empresarial com 80 integrantes liderada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), iniciou sua visita ao Japão com agendas voltadas para o fortalecimento das relações econômicas entre os países. Um dos pontos altos da missão será o Fórum Econômico Brasil-Japão, previsto para o dia 26 de março, em Tóquio, com a presença do presidente Lula, que está em missão oficial no país asiático, e do primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba.

A CNI, em conjunto com a Kendaren, maior entidade da indústria japonesa, apresentará uma declaração conjunta para incentivar os chefes de Estado a negociar um acordo Mercosul-Japão. O objetivo é aprofundar a integração comercial entre as economias, ampliando oportunidades e fortalecendo a complementariedade.

Ricardo Alban, presidente da CNI, destacou a relevância da parceria: “Temos uma relação de 130 anos com o Japão e, neste momento de incertezas, é fundamental abrirmos mais frentes para nos aproximarmos dos parceiros.”

Composta por CEOs de grandes empresas brasileiras como Vale, Embraer, JBS, BRF, Raízen e Banco do Brasil, a delegação também abordará temas como descarbonização, energia e desenvolvimento sustentável, focos centrais nos painéis do Fórum Econômico Brasil-Japão.

Comércio Brasil-Japão

O Japão ocupa a nona posição entre os maiores investidores externos no Brasil, com um estoque de US$ 35,2 bilhões em 2023. Apesar de avanços como o crescimento de 31,6% dos investimentos japoneses no país na última década, desafios como tarifas de importação ainda limitam o acesso a mercados estratégicos.

A indústria de transformação se destaca no comércio bilateral, representando 51,1% das exportações brasileiras para o Japão entre 2015 e 2024. Contudo, os produtos de alta intensidade tecnológica têm participação tímida, enquanto os japoneses dominam exportações ao Brasil com bens de alta complexidade, como veículos e eletrônicos.

 

 

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