PARA 97,1 PONTOS

Confiança da construção recua 0,4 ponto em setembro

Por Redação - Em 25/09/2024 às 11:58 AM

Construção Civil Foto Freepik

A coordenadora de Projetos da Construção do Ibre/FGV, Ana Maria Castelo, ressalta que as empresas com expectativas positivas ainda superam as pessimistas FOTO: Freepik

O Índice de Confiança da Construção (ICST) apresentou uma queda de 0,4 ponto em setembro, atingindo 97,1 pontos, após quatro meses de alta. A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou os dados nesta quarta-feira, 25, destacando que, apesar do recuo, o ICST se manteve relativamente estável, com uma elevação de 0,2 ponto na média móvel trimestral.

A diminuição no índice reflete uma deterioração nas expectativas dos empresários para os próximos meses, enquanto a avaliação sobre o momento atual mostrou uma leve melhora. O Índice de Expectativas (IE-CST) caiu 0,9 ponto, também para 97,1 pontos, enquanto o Índice de Situação Atual (ISA-CST) avançou 0,3 ponto, chegando a 97,3 pontos.

A coordenadora de Projetos da Construção do Ibre/FGV, Ana Maria Castelo, comentou que “a confiança setorial não resistiu à mudança de direção da política monetária”. A recente alta na taxa de juros, ocorrida em setembro, e as expectativas de novas elevações impactaram especialmente os segmentos de Infraestrutura e Edificações Residenciais, levando os empresários a uma postura mais pessimista.

Entretanto, a coordenadora ressalta que as empresas com expectativas positivas ainda superam as pessimistas. “Do ponto de vista da atividade, o cenário de crescimento não mudou: refletindo o ciclo de negócios recente, a demanda por mão de obra se mantém forte, pressionando o mercado de trabalho”, acrescentou.

Além disso, o Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) da Construção recuou 0,8 ponto, atingindo 79,2%. O Nuci de mão de obra também contraiu, caindo 1,0 ponto para 80,4%, enquanto o Nuci de Máquinas e Equipamentos registrou uma queda de 0,8 ponto, alcançando 73,8%.

Esses indicadores sugerem um momento de incerteza no setor da construção, com desafios impostos pela política monetária e uma necessidade de adaptação às novas condições econômicas.

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