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Confiança do consumidor avança em agosto

Por Redação - Em 26/08/2024 às 11:45 AM

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A percepção sobre as finanças pessoais das famílias caiu 0,3 ponto, para 70,7 pontos, enquanto a avaliação da economia local subiu 0,9 ponto, para 93,4 pontos

A atividade econômica aquecida tem desempenhado um papel crucial na sustentação da confiança do consumidor nos últimos meses, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em agosto, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu para 93,2 pontos, marcando a terceira alta consecutiva e uma elevação de 0,3 ponto em relação a julho.

De acordo com a FGV, a elevação do ICC foi amplamente impulsionada pela melhoria na avaliação dos brasileiros sobre as perspectivas econômicas futuras. Em médias móveis trimestrais, o índice apresentou um crescimento de 1,3 ponto.

A economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), Anna Carolina Gouveia,  destacou que, apesar da terceira alta consecutiva, o ritmo de crescimento da confiança foi mais lento. Ela explicou que a confiança dos consumidores foi favorecida tanto pela melhora nas percepções sobre o presente quanto pelas expectativas para o futuro. “O resultado modesto foi influenciado igualmente pela melhora das percepções sobre o presente e as expectativas futuras”, afirmou Gouveia em nota oficial.

Em agosto, o Índice de Situação Atual (ISA) aumentou 0,3 ponto, alcançando 81,9 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) avançou 0,3 ponto, chegando a 101,4 pontos. O componente que mais contribuiu para a alta foi o item que mede as perspectivas para a situação econômica futura, que subiu 2,0 pontos, atingindo 111,4 pontos. O ímpeto para a compra de bens duráveis também registrou um crescimento de 1,1 ponto, para 87,8 pontos, sua terceira alta consecutiva. No entanto, as expectativas para as finanças futuras das famílias recuaram 2,3 pontos, para 104,8.

A percepção sobre as finanças pessoais das famílias caiu 0,3 ponto, para 70,7 pontos, enquanto a avaliação da economia local subiu 0,9 ponto, para 93,4 pontos. Em termos de renda, houve uma variação distinta: a confiança aumentou entre as famílias com rendimentos superiores a R$ 9.600,00, subindo 5,2 pontos para 98,8 pontos. Famílias com renda entre R$ 4.800,01 e R$ 9.600,00 também experimentaram uma alta de 2,0 pontos, alcançando 94,4 pontos. Em contraste, as famílias com renda até R$ 2.100,00 e aquelas com rendimentos entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00 viram uma diminuição na confiança.

A pesquisa, que faz parte da Sondagem do Consumidor, foi realizada entre os dias 1 e 22 de agosto, refletindo a percepção do consumidor sobre o estado atual e futuro da economia brasileira.

Os dados indicam que, apesar de um ritmo mais lento de crescimento na confiança, o cenário econômico relativamente positivo e a resiliência do mercado de trabalho têm contribuído para a manutenção da confiança do consumidor, embora com uma nota de cautela para o futuro próximo.

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