
INDICADOR ABRAS
Consumo nos lares brasileiros sobe 1,65% em julho
Por Redação - Em 29/08/2024 às 4:02 PM

Em comparação com junho de 2024, houve um avanço de 1,65% no consumo, impulsionado pela redução da inflação sobre o grupo de alimentos e bebidas FOTO: Agência Brasil
O consumo nos lares brasileiros acumulou uma alta de 2,39% entre janeiro e julho de 2024, conforme dados divulgados pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Para o ano, o setor projeta um crescimento de 2,5%, refletindo uma recuperação gradual no mercado de alimentos e bebidas.
Em comparação com junho de 2024, houve um avanço de 1,65% no consumo, impulsionado pela redução da inflação sobre o grupo de alimentos e bebidas, que registrou uma queda de 1% no mês, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com julho de 2023, o consumo nos lares cresceu 1,02%. Todos os dados foram ajustados pelo IBGE e incluem todos os formatos de supermercados.
O vice-presidente da Abras, Marcio Milan, comentou sobre o desempenho positivo. “A menor pressão da inflação sobre o grupo de alimentos e bebidas ajudou o consumidor a compor melhor a cesta de abastecimento dos lares, tornando o consumo doméstico mais atraente em julho. Esse mês, que costuma ver um deslocamento do consumo devido às férias escolares e viagens, mostrou uma resposta positiva”, analisou Milan.
Segundo o IBGE, o preço da alimentação em domicílio caiu 1,51% em julho, após uma série de altas desde janeiro. Em contraste, a alimentação fora do domicílio subiu 0,39% no mesmo período.
No cenário macroeconômico, a melhora no emprego formal e a elevação da renda real do trabalhador desempenharam um papel crucial na sustentação do consumo. Além disso, diversos repasses de recursos do Governo Federal contribuíram para o aumento do poder de compra da população. Entre eles, destacam-se:
Bolsa Família: R$ 14,2 bilhões destinados a 20,83 milhões de beneficiários.
Programa Pé-de-Meia: Injeção de R$ 6,1 bilhões no mercado ao longo do ano.
PIS-Pasep: Pagamento de R$ 4,5 bilhões para 4,3 milhões de trabalhadores.
Requisições de Pequeno Valor (RPVs): R$ 2,38 bilhões liberados para aposentados e pensionistas do INSS.
Restituição do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) 2024: R$ 8,5 bilhões para 6,09 milhões de contribuintes.
Esses fatores combinados ajudam a explicar o crescimento robusto no consumo e sugerem um panorama econômico mais favorável para o segundo semestre de 2024. O aumento da renda e o alívio da inflação são fatores-chave que têm impulsionado a recuperação e o fortalecimento do setor de supermercados no Brasil.
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