Duas grandes empresas estão na disputa pela Enel Distribuição Ceará, que de acordo com fontes do setor, estaria no departamento de fusões e aquisições (M&A) da companhia: são elas a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), que está sob o controle da chinesa State Grid, e pela Equatorial Energia, que atua no segmento de energia elétrica nacional. O desfecho da operação deve acontecer no decorrer das próximas semana.

Enel Ceará tem um valor de mercado em torno dos R$ 8 bilhões

O valor do negócio deve se posicionar na faixa de R$ 8 bilhões e a empresa que conseguir fechar o contrato deverá ter acesso a um volume de 4,2 milhões de consumidores – sendo 3,4 milhões residenciais, 533 mil rurais, 182 mil comerciais, 52,7 mil governamentais e 5.810 industriais, só do mercado cativo –, uma vez que a companhia trabalha em todo o território cearense.

Apesar do volume de clientes cativos ser elevado – além de 757 do mercado livre, de acordo com dados do balanço do primeiro trimestre deste ano da companhia -, a operação cearense da Enel foi colocada à venda no fim do ano passado, tendo como assessor financeiro o BTG Pactual. Mas, mesmo com essa negociação em andamento, a empresa não parou de investir no Estado, tanto que foram inauguradas duas subestações (Praia da Baleia e Porteiras) e no mês que vem outras duas entram em operação (Guaraciaba do Norte e Itaperi, esta última em Fortaleza).

O contrato da Enel com o Governo do Ceará tem validade até 2028 e segundo especialistas do setor energético, a venda da operação cearense se dá para que ela possa focar seus investimentos em grandes mercados consumidores nacionais, como Rio de Janeiro e São Paulo. Mas também pretende diversificar sua atuação na área de energias renováveis.