O maior volume de recursos foi liberado pela Caixa Econômica Federal, que destinou R$ 5,224 bilhões ao financiamento da aquisição e construção de imóveis

Em janeiro de 2025, o crédito imobiliário com recursos da poupança no Brasil alcançou a marca de R$ 13,5 bilhões, um crescimento significativo de 40,3% em comparação ao mesmo mês de 2024. No entanto, o volume ficou 23,5% abaixo do registrado em dezembro do ano anterior, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Apesar da queda em relação ao último mês de 2024, janeiro deste ano representa a segunda melhor performance histórica para o mês, destacando-se como um resultado positivo para o setor.

O maior volume de recursos foi liberado pela Caixa Econômica Federal, que destinou R$ 5,224 bilhões ao financiamento da aquisição e construção de imóveis. O Itaú Unibanco seguiu em segundo lugar, com R$ 3,683 bilhões destinados ao crédito imobiliário. Essas instituições continuam a liderar as operações de financiamento, refletindo a importância da Caixa como principal agente do crédito habitacional no país.

Além disso, o saldo da poupança destinada ao Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) chegou a R$ 757,5 bilhões em janeiro, representando um crescimento de 3,1% em relação ao mesmo período de 2024. Contudo, na comparação com dezembro de 2024, houve uma queda de 2,1% no saldo da poupança. A captação líquida, que reflete as entradas e saídas de recursos, foi negativa em R$ 20,3 bilhões no primeiro mês de 2025.

No total, foram financiados 38,5 mil imóveis com recursos da poupança, um aumento de 36,5% em relação a janeiro de 2024. Este crescimento reflete a recuperação do setor habitacional, impulsionada pelo aumento da demanda por crédito para aquisição da casa própria, embora o volume total de recursos tenha sofrido um retrocesso quando comparado ao mês de dezembro.

Com esses números, o crédito imobiliário segue demonstrando resiliência, mas também expõe a volatilidade do mercado, refletida nas quedas observadas na comparação mensal. O cenário continua sendo monitorado por analistas, que indicam que as perspectivas para 2025 ainda são positivas, embora haja desafios devido a fatores econômicos externos e internos que podem impactar a captação de recursos e o financiamento de novos imóveis.