APONTA IBGE
Custo da construção civil desacelera para 0,64% em agosto
Por Redação - Em 27/08/2024 às 12:20 PM
O Índice Nacional de Custo da Construção – Mercado (INCC-M) registrou uma desaceleração de 0,69% para 0,64% entre julho e agosto de 2024, conforme informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira, 27. Embora tenha havido uma leve redução na taxa mensal, a FGV alerta que a tendência geral aponta para uma possível aceleração nos custos da construção, com a taxa acumulada em 12 meses alcançando 4,84%.
A desaceleração no INCC-M foi impulsionada pela redução nos custos com mão de obra, que caíram de 0,85% para 0,57%. No entanto, o grupo de Materiais, Equipamentos e Serviços viu uma aceleração, passando de 0,58% para 0,69%.
Influências no Índice
Entre os principais fatores que contribuíram para a desaceleração do índice estão a queda nos preços de energia, que passaram de 0,85% para -1,13%, e a redução nos custos de materiais elétricos, que variaram de 0,06% para -0,21%. Também houve quedas em bombas de incêndio (de 0,05% para -0,63%), condutores elétricos (de 1,79% para -0,16%) e pias, cubas e louças sanitárias (de 0,49% para -0,22%).
Por outro lado, alguns itens exerceram pressão para cima no índice, como os tubos e conexões de PVC, que tiveram um aumento significativo de 3,79% para 7,73%. Outros itens com alta foram o custo de pedreiro (de 1,47% para 0,73%), vergalhões e arames de aço ao carbono (de 0,47% para 0,79%), eletrodutos de PVC (de 2,71% para 4,89%) e elevadores (de 0,51% para 0,64%).
Desempenho Regional
Em termos regionais, quatro das sete capitais pesquisadas apresentaram desaceleração no INCC-M de julho para agosto. Brasília viu uma queda de 0,44% para 0,30%, Recife passou de 0,94% para 0,61%, Rio de Janeiro diminuiu de 1,52% para 0,96% e São Paulo reduziu de 0,69% para 0,51%.
Em contraste, três capitais registraram aceleração no índice: Salvador, que subiu de 0,45% para 0,46%, Belo Horizonte, que aumentou de 0,25% para 0,39%, e Porto Alegre, com um salto de 0,41% para 1,37%.
A leve desaceleração no INCC-M em agosto não impede a tendência de alta nos custos da construção, evidenciada pelo aumento na taxa acumulada em 12 meses. A variação nos custos de diferentes categorias e regiões ressalta a complexidade do cenário atual no setor da construção, com influências diversas impactando os custos gerais.