DIZ ALCKMIN
Déficit na balança comercial da saúde é um dos principais desafios da indústria farmacêutica
Por Redação - Em 21/10/2024 às 10:33 PM
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, destacou o déficit comercial na área da saúde como um dos principais desafios enfrentados pelo setor industrial farmacêutico brasileiro. A declaração foi feita durante a abertura do evento “CNN Talks – Saúde no Brasil: estratégias para impulsionar o futuro”, realizado na noite desta segunda-feira (21).
Alckmin revelou que o complexo industrial da saúde é o segundo maior déficit na balança comercial do país, perdendo apenas para o setor de Tecnologia da Informação (TI). “Hoje, importamos 55% de tudo que compõe o complexo industrial da saúde”, afirmou, enfatizando a necessidade urgente de aumentar a fabricação nacional.
Para reverter essa situação, o governo federal tem buscado alternativas, como o financiamento de pesquisa, desenvolvimento e inovação. O vice-presidente mencionou que foram disponibilizados R$ 66 bilhões através do BNDES, Finep e Embrapi, com juros de apenas 4% ao ano, o que representa um juro real praticamente nulo. “Esses recursos visam aumentar os centros de pesquisa e inovação no Brasil”, explicou Alckmin.
O setor de saúde também é contemplado pelo programa Nova Indústria Brasil (NIB). Recentemente, o Ministério da Saúde lançou um edital de Programas de Desenvolvimento Produtivo (PDPs), que recebeu mais de 300 propostas. “A meta é que, até 2026, consigamos fabricar 50% dos medicamentos no Brasil, aumentando essa cifra para 70% até 2033”, ressaltou.
Alckmin destacou ainda o crescimento potencial do mercado, observando que tanto o setor de TI quanto o de saúde estão em ascensão globalmente. Ele citou dados históricos sobre a expectativa de vida no Brasil, que aumentou de 45 anos na década de 40 para 76 anos atualmente. Para aqueles que alcançam os 70 anos, a expectativa de vida sobe para 86 anos, o que, segundo ele, representa uma oportunidade significativa para o setor de saúde.
A mensagem do vice-presidente aponta para um futuro promissor, mas também revela os desafios que precisam ser enfrentados para garantir que o Brasil se torne mais autossuficiente na produção de medicamentos e insumos de saúde.