O Desenrola do Fies, gerido pelo MEC e operacionalizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, foi criado para facilitar a renegociação de dívidas do Fies FOTO: Freepik

O programa Desenrola do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), lançado pelo governo federal, tem proporcionado uma recuperação financeira significativa para os cofres públicos. Até o momento, foram restituídos R$ 677 milhões em pagamentos à vista por estudantes que renegociaram suas dívidas. O programa já alcançou a renegociação de 351.696 contratos, resultando em um desconto impressionante de R$ 12,8 bilhões, reduzindo a dívida total de R$ 16,1 bilhões para R$ 3,2 bilhões.

O Desenrola do Fies, gerido pelo Ministério da Educação (MEC) e operacionalizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), foi criado para facilitar a renegociação de dívidas do Fies, que financia estudantes em cursos superiores de instituições privadas. As condições especiais do programa incluem descontos para estudantes inscritos no Cadastro Único, além de outras vantagens para aqueles que foram beneficiários do Auxílio Emergencial em 2021.

O prazo para adesão ao programa vai até o final deste mês, com a possibilidade de renegociar dívidas para contratos firmados até 2017 e inadimplentes até 30 de junho de 2023. Os estudantes têm até 31 de agosto de 2024 para formalizar a renegociação.

As condições de renegociação variam de acordo com o tempo de inadimplência e a situação do estudante em relação ao Cadastro Único e ao Auxílio Emergencial. Para aqueles com dívidas em atraso há mais de 360 dias e que são inscritos no Cadastro Único ou receberam o Auxílio Emergencial, os descontos são:

• 92% se o atraso for entre 360 dias e 5 anos.
• 99% se o atraso for superior a 5 anos.

Estudantes que não estão no Cadastro Único ou não receberam o Auxílio Emergencial podem ainda usufruir de condições de renegociação com descontos variados, com a possibilidade de parcelamento da dívida em até 15 vezes após o desconto.

Os principais responsáveis pela execução das renegociações são o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, que, juntos, estão gerenciando mais de 350 mil contratos. A efetividade do programa tem sido um ponto crucial para aliviar a carga financeira de muitos estudantes e promover a recuperação das finanças públicas.

Com o prazo se aproximando, o governo federal e as instituições financeiras esperam uma adesão ainda maior ao programa, visando maximizar os benefícios para os estudantes e melhorar a situação financeira do Fies.