MERCADO FINANCEIRO

Dólar fecha em leve queda de 0,3% e B3 cai 1,42% puxada por Vale e Petrobras

Por Marcelo - Em 02/02/2023 às 8:29 PM

Ainda sob reflexo da decisão sobre os juros no Brasil e nos Estados Unidos, o mercado financeiro teve um dia com desempenho variável nesta quinta-feira (2). O dólar fechou com pequena queda, após operar abaixo de R$ 5,00 durante o dia. A bolsa de valores recuou para os 110 mil pontos, pressionada pelos juros altos no Brasil.

Dólar chegou a operar abaixo de R$ 5,00 em boa parte da sessão                    Foto: Divulgação

O dólar comercial encerrou movimento de hoje vendido a R$ 5,045, com queda de apenas 0,3%. Até o início da tarde, a cotação operou abaixo de R$ 5,00 – chegando a R$ 4,94 na mínima do dia -, por volta das 10h30. No entanto, o avanço da moeda no exterior e a compra por importadores que aproveitaram a cotação baixa fez o dólar diminuir o ritmo de queda durante a tarde.

De acordo com especialistas de câmbio, o mercado não reagiu bem à mensagem governamental apresentada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Congresso Nacional, gerando uma elevação na sua comercialização. Apesar disso, a moeda norte-americana está na menor cotação desde 29 de agosto, quando tinha fechado em R$ 5,03. Em 2023, a divisa acumula recuo de 4,45%.

Bolsa

O dia foi mais pessimista no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 110.141 pontos, com queda de 1,42%. O indicador foi puxado por ações de mineradoras e de estatais, enquanto os papéis de bancos privados subiram após a manutenção da taxa Selic em 13,75% ao ano. Os papéis da Vale ON caíram 4,62% e da CSN ON 5,46%. Já as ações da Petrobras tiveram quedas de 4,74% (ON) e 4,63% (PN).

Em comunicado após a reunião de ontem, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central indicou a possibilidade de manter os juros altos por mais tempo, por causa da falta de medidas de controle dos gastos públicos. Num momento em que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) começou a desacelerar o aperto monetário, os juros altos estimulam a entrada de capitais externos em países emergentes, como o Brasil.

Apesar de estimular a entrada de dólares no País, os juros altos afetam a bolsa de valores daqui. Isso porque taxas elevadas reduzem o interesse por ações, consideradas investimentos arriscados, e aumentam a demanda por aplicações de renda fixa, como títulos do Tesouro Nacional. (Agência Brasil)

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