
MERCADO
Dólar recua 2,72% e fecha cotado a R$ 5,755; Bolsa sobe 0,2%
Por Redação - Em 05/03/2025 às 5:58 PM

O clima otimista também favoreceu o Ibovespa, que registrou alta de 0,2%, alcançando 123 mil pontos
O dólar apresentou uma queda acentuada nesta quarta-feira (5), fechando com perda de 2,72%, a R$ 5,755 na venda. O movimento foi impulsionado pelo alívio global após a flexibilização das tarifas dos Estados Unidos sobre importações de automóveis do México e Canadá. O clima otimista também favoreceu o Ibovespa, que registrou alta de 0,2%, alcançando 123 mil pontos, alinhado aos avanços nos mercados de Wall Street e nas principais bolsas europeias.
A Casa Branca anunciou, no início da semana, que adiaria as tarifas sobre carros importados do México e do Canadá por um mês, medida que visa beneficiar fabricantes de automóveis como Ford, Stellantis e General Motors. As tarifas, que haviam sido elevadas para 25% sobre os veículos do México e Canadá, entrarão em vigor definitivamente no dia 2 de abril. Contudo, o presidente Donald Trump concedeu uma isenção temporária após pressão das concessionárias de automóveis, com o objetivo de evitar desvantagens econômicas para as empresas.
A decisão de adiar as tarifas também impactou positivamente o mercado global, ajudando a diminuir o valor do dólar e promovendo um movimento de valorização no Brasil.
Com uma agenda cheia de indicadores econômicos, os investidores também aguardam os dados sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos. O relatório ADP sobre a criação de vagas de emprego e o índice ISM sobre o setor de serviços são os principais destaques. Espera-se que a desaceleração da criação de vagas no setor privado, que foi observada em fevereiro, possa indicar uma pressão sobre a inflação, especialmente com o aumento dos preços de insumos no setor de serviços.
Além disso, a China anunciou novos estímulos fiscais, destacando seu compromisso com o crescimento de 5% em 2024, apesar dos desafios da guerra comercial com os Estados Unidos. O primeiro-ministro Li Qiang alertou para o impacto das mudanças globais rápidas na economia chinesa, ressaltando a necessidade de impulsionar o consumo para evitar deflação.
No Brasil, as expectativas para a inflação, medida pelo IPCA, se estabilizaram após 19 semanas consecutivas de revisões para cima. O Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, apontou uma previsão de 5,65% para o índice de preços ao consumidor no fim de 2024, ainda acima do limite da meta do BC. As previsões para a taxa Selic se mantiveram em 15% para o final de 2025 e 12,5% para 2024, com o mercado aguardando uma possível nova elevação da taxa de juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na próxima reunião, agendada para os dias 18 e 19 de março.
Com o cenário global mais favorável, os investidores no Brasil começaram a sentir uma sensação de alívio, o que impulsionou o mercado acionário e ajudou a enfraquecer o dólar. A tendência de desaceleração da inflação no país também contribui para um ambiente econômico mais estável, embora ainda existam desafios pela frente.
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