VOLATILIDADE
Dólar sobe 1,22% fechando a R$ 5,382 e Copom mantém Selic em 13,75% ao ano
Por Marcelo - Em 26/10/2022 às 8:26 PM
Num dia de tensões no mercado interno, o real destoou do cenário internacional e perdeu valor perante o dólar, que se aproximou de R$ 5,40. A Brasil, Bolsa, Balcão (B3) recuou pelo terceiro dia consecutivo e anulou os ganhos da semana passada.
O dólar comercial fechou esta quarta-feira (26) vendido a R$ 5,382, com alta de R$ 0,065 (+1,22%). A cotação chegou a abrir em queda, caindo para R$ 5,29 na primeira hora de negociação, mas inverteu o movimento e passou a subir, até fechar na máxima do dia.
A moeda norte-americana está no maior nível desde 30 de setembro, último dia útil antes do primeiro turno das eleições presidenciais. Com o desempenho de hoje, o dólar acumula queda de apenas 0,22% em outubro. Apenas nesta semana, a divisa subiu 4,52%.
Instabilidade
No mercado de ações, o dia também foi marcado pela instabilidade. O principal índice da B3, o Ibovespa, fechou aos 112.764 pontos, com queda de 1,62%. O indicador operou em baixa durante toda a sessão, puxado por ações de empresas estatais, de varejistas e de bancos. A bolsa acumula perda de quase 6% na semana.
As tensões associadas à campanha eleitoral voltaram a dominar o mercado, que se descolou do exterior. O dólar caiu perante as principais moedas, por causa das expectativas de que a economia norte-americana finalmente tenha começado a desacelerar. Isso reduz as pressões para que o Federal Reserve (Fed – Banco Central norte-americano), eleve os juros acima do previsto.
Selic
Os investidores brasileiros também estavam sob a expectativa da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que manteve os juros básicos da economia (Selic) em 13,75% ao ano, como já era esperado pelos analistas do mercado financeiro. No maior nível desde 2017, a Selic tem ajudado a segurar a fuga de capitais estrangeiros.
Em comunicado, o Copom informou que manterá os juros elevados pelo tempo necessário para segurar a inflação e julgou o nível adequado para lidar com as incertezas sobre a economia brasileira. O órgão, porém, não descartou a possibilidade de novos aumentos caso a inflação não caia como o esperado. A taxa continua no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava em 13,75% ao ano. (Agência Brasil)