Uma excelente notícia para o Ceará e porque não dizer, para o Brasil e para o mundo, foi anunciada pelo secretário-executivo de Regionalização e Modernização da Casa Civil do Governo do Ceará, Célio Fernando. Nesta quinta-feira (19), a EDP fará a apresentação oficial da usina que produziu a primeira molécula de Hidrogênio Verde (H2V) no Complexo do Pecém, e com isso, pode dar o start no processo de conversão da sua termelétrica a carvão, a UTE Pecém, para uso do H2V como combustível.

Ceará está numa das melhores regiões do mundo para produção de H2V         Foto: Divulgação

Esta conversão, que deve acontecer no médio prazo, será de grande valia para o processo de descarbonização do planeta, que visa diminuir as emissões de gases que produzem o efeito estufa, como o gás carbônico (CO²) e acabam provocando o aquecimento global, uma grande preocupação de chefes de grandes potências mundiais.

E esta é também, de acordo com o secretário da Casa Civil, uma das ações prioritárias do governador Elmano de Freitas, e, por esse motivo, crê numa provável conversão da UTE Pecém de um combustível fóssil, o carvão, para o que foi destacado pelo ex-governador Camilo Santana, como o combustível do futuro, o H2V.

Vale lembrar que existe uma data limite para a utilização de carvão como combustível de termelétricas, que é em 2027, ou seja, um período relativamente curto para os processos industriais necessários. Isso também deve influenciar na tomada de decisão da companhia, que está numa das áreas mais propícias à produção de H2V e com baixo custo do mundo, de acordo com um relatório do Bloomberg News Energy Finance.

Além disso, a EDP possui toda uma grande unidade já montada na região do Pecém, que tem uma infraestrutura logística e posição geográfica estratégica propícia à exportação do novo combustível. E, já no segundo semestre deste ano, o complexo receberá investimento de US$ 1 bilhão, cerca de R$ 5,1 bilhões, para a construção de uma grande usina de Hidrogênio Verde, por uma companhia mineradora da Austrália, para compensar suas emissões globais de CO².