O presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, afirmou que o setor aéreo nacional montou um planejamento com quase 40 ações para atravessar a pandemia do novo coronavírus e se preparar para a retomada das operações, tanto na malha doméstica, quanto na internacional.

Eduardo Sanovicz lamentou a volatilidade do câmbio no País                  Foto: Portal IN News

Ele participou neste domingo (14), do programa Impressões, da TV Brasil, lamentando que o volume do tráfego aéreo, que era de 2.700 voos domésticos por dia no Brasil, antes da Covid-19, despencou para 180, e, hoje, está em 263, devendo chegar a 353 no final deste mês.

Destacou que a recuperação do setor aéreo será vagarosa e ainda terá de enfrentar inúmeras variáveis indiretas, sendo que a principal é o dólar. “O câmbio é responsável por 51% dos custos das nossas operações e o Brasil é o campeão mundial de desvalorização cambial. Isso impacta um terço do nosso custo, que é o querosene”, lamentou.

Disse, ainda, que existe várias tratativas em andamento com o Governo Federal dentro do pacote estratégico de retomada do setor aéreo, como linhas de crédito para que as companhias possam obter capital de giro e manter a sustentabilidade de seus quadros de colaboradores.

E a Anac já divulgou um conjunto de medidas com o objetivo de dar maior impulso à retomada das operações aéreas em todo o Brasil, após reuniões virtuais com representantes da Anvisa, cadeia produtiva do setor, além de técnicos nacionais e do exterior, para estabelecer regras de segurança em voos.

Esses protocolos deverão ser uniformes em todo o território nacional e alinhados com medidas internacionais para assegurar a saúde de passageiros e tripulantes. Dentre elas a alteração do sentido do fluxo do ar-condicionado das aeronaves, bem como a utilização de filtros específicos, do tipo Hepa, semelhantes aos usados em UTIs, que eliminam 99% dos vírus e bactérias presentes no ar.