O prefeito em exercício de Fortaleza e superintendente do Iplanfor, Élcio Batista, esteve na Lopes Immobilis na manhã desta sexta-feira (21), e participou do Flash Imobiliáro. Ele destacou que para as empresas do setor da construção é importante verificar qual o direcionamento de Fortaleza, para onde ela vai se expandir, quais as mudanças que vão impactar a cidade e como ela será construída. E defende uma tese de que a capital cearense se torne – num futuro próximo – a capital financeira das regiões Norte e Nordeste, por suas características geográficas e tecnológicas.

Élcio Batista ressaltou que Fortaleza tem expertise e muitas fintechs

Salientou que o setor público é que constrói as cidades, não o público. Citou que em Singapura existe a Unidade de Redesenvolvimento Urbano, semelhante ao Iplanfor, mas que conta com uma estrutura gigantesca, com mais 600 pessoas trabalhando. E a cada 30 anos são realizadas profundas transformações, sendo que o setor imobiliário é o principal vetor de desenvolvimento. E esse redesenvolvimento é o que precisamos fazer com o Centro de Fortaleza, pois seu tempo morreu há 50 anos, assim como a Praia de Iracema. Esses bairros precisam ser redesenvolvidos, como vem ocorrendo na Aldeota”, afirma.

Lembrou que Fortaleza se desenvolveu em ciclos como o do algodão, o têxtil, na área industrial, mas eles estão passando e agora chegou a vez dos setores de comércio e serviços. “Aí é que tem um ponto muito relevante, pois eles dependem muito de produtos que sejam capazes de atrair pessoas de outras regiões para consumi-los. Aí a importância de uma pressão sobre os governos para aumentar a atratividade de Fortaleza do ponto de vista turístico. O Hub aéreo não é só uma questão de governo, todos têm de se envolver com isso, para que pessoas do Norte e Nordeste venha consumir comércio e serviços de alta qualidade aqui”, explica.

Outro ponto importante é que Fortaleza tem um porto urbano e conta com o Complexo Industrial e Portuário do Pecém na sua Região Metropolitana. E que até 2040 Fortaleza precisa ser o centro financeiro do Norte e Nordeste, pois São Paulo não pode concentrar todo esse mercado de finanças nacional. “A melhor cidade para isso acontecer é Fortaleza e temos experiência desde as cooperativas de crédito, que passaram a bancos, depois a factorings e agora as fintechs. E esse mercado de fintechs é muito forte aqui. Temos de aproveitar essa nossa expertise para que a capital cearense seja um Hub na área do mercado financeiro, e já temos o Hub de fibra óptica”, ressalta.

Junto com o turismo, a tecnologia e os portos podem fazer com que Fortaleza venha a ser um grande expoente nesse setor de finanças, a exemplo do que aconteceu com a Cidade do Panamá, que além do canal que liga os oceanos Pacífico e Atlântico, tem alguns do principais bancos do mundo. Junto com belas praias, cassinos, grandes shopping centers e clima tropical, atraem milhares de visitantes dos mais variados países, todos os anos, movimentado a economia do País.