Apenas nessa segunda-feira, a queda dos índices Nasdaq, Dow Jones e S&P 500 resultou em perdas de US$ 1,61 trilhão

Desde a posse de Donald Trump, em janeiro deste ano, as empresas listadas nas principais bolsas de valores dos Estados Unidos perderam US$ 4,32 trilhões em valor de mercado. As sete maiores empresas de tecnologia, conhecidas como “Sete Magníficas”, respondem por US$ 2,53 trilhões dessa queda, segundo levantamento da consultoria Elos Ayta. Apenas nessa segunda-feira (10), a queda dos índices Nasdaq, Dow Jones e S&P 500 resultou em perdas de US$ 1,61 trilhão.

Esse cenário de perdas não se restringe aos Estados Unidos. Mercados na Europa, Ásia e Brasil também apresentaram quedas, refletindo a incerteza global causada pela guerra comercial promovida por Trump. O presidente, que minimizou as oscilações dos mercados no domingo (9), afirmou que não descarta uma possível recessão como consequência de suas políticas econômicas, aumentando o temor de inflação e queda no consumo e investimentos.

O ambiente de incertezas é intensificado pelas disputas comerciais. A China iniciou uma nova rodada de tarifas, de até 15%, sobre produtos agrícolas dos Estados Unidos, em resposta à imposição de tarifas adicionais pelos americanos. Além disso, o país asiático também passará a taxar produtos canadenses, como alimentos e produtos agrícolas, com alíquotas de 25% a 100%, em retaliação às tarifas canadenses sobre produtos chineses.

Enquanto isso, o Canadá, afetado pelas tarifas de Trump, também adotou medidas retaliatórias, como o aumento de 25% no preço da energia exportada para os Estados Unidos, o que afeta estados como Minnesota, Michigan e Nova York. O primeiro-ministro de Ontário, Doug Ford, advertiu que poderá cortar o fornecimento de eletricidade caso a situação se agrave, colocando mais pressão sobre a relação entre os dois países.