Com capacidade de investimentos superior a US$ 1 bilhão, a produção de energia eólica offshore no Ceará deve dar um grande salto nos próximos anos. Foi assinado um termo de cooperação com a agência Denmark Energy Cluster (DEC), da Dinamarca, e também está sendo realizado um estudo avançado para o desenvolvimento de uma segunda fábrica de turbinas da Vestas, para instalação em usinas de geração a partir da força dos ventos, dentro do mar.

Bernardo Santana, embaixador Rodrigo Azeredo, Maia Júnior, Roseane Medeiros e o Marcelo Pereira                    Foto: Divulgação

“Estão sendo feitos estudos no sentido de construir uma nova unidade na região do Complexo do Pecém, possivelmente na expansão da Zona de Processamento de Exportação, que está sendo desenvolvida naquela área do Ceará. Já estão programadas novas reuniões, inclusive com viagens técnicas à Dinamarca, para um alinhamento de todas as demandas que o setor de energia eólica offshore exige”, explicou Bernardo Santana, diretor de Regulação do Sindienergia-CE e sócio do escritório BBMA Advogados.

Ele destacou que um parque eólico com 800 MW já viabilizaria o investimento, o que representa uma demanda de ao menos 60 turbinas de 15 MW para a montagem de um equipamento do gênero, competitivo. Inclusive, esse número pode chegar a 80 turbinas de alta capacidade. Tudo isso representaria um custo superior a US$ 1 bilhão. E o investimento vai gerar inúmeras oportunidades, também, para empresas cearenses que atuam em diversos setores no apoio à construção e operação dessas instalações.

“O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, já se comprometeu em abrir um leilão no ano que vem, exclusivo para a instalação de parques eólicos offshore nos próximos cinco ou seis anos, com o objetivo de oferecer tempo de montagem de infraestrutura e realização de um marco regulatório para garantir a segurança jurídica da operação. Como somos especialistas na área de energia, regulatória e ambiental, e como nosso cliente é a Vestas, participei desta missão à Europa e voltamos de lá com resultados muito promissores, com boas perspectivas de atrair grandes investimentos para o Estado num curto espaço de tempo”, salientou Bernardo.

Embaixador Rodrigo Azeredo, Bernardo Santana e embaixatriz Marília Azeredo

Junto com o secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Maia Júnior, a secretária executiva da Indústria, Roseane Medeiros, e o empresário Marcelo Pereira, da EV Brasil, Bernardo participou de um jantar oferecido pelo embaixador do Brasil na Dinamarca Rodrigo Azeredo, e a embaixatriz Marília, em Copenhague, junto com outros empresários do setor de energias renováveis.

“Vale destacar que o embaixador do Brasil na Dinamarca é muito pró-business. Inclusive, nesse jantar oferecido por ele e a embaixatriz, com o objetivo de ampliar as relações entre empresários dinamarqueses e brasileiros, será possível dar mais um impulso na viabilização de futuros negócios e acelerar o processo de atração de investimentos para o Brasil. E haverá oportunidade de parcerias com empresas locais, para a prestação de serviços aqui em nosso território”, completou Bernardo Santana, lembrando das ações promovidas pelo Sindienergia-CE e pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará.