EFEITOS DA PANDEMIA
Estudo da KPMG revela que 45% dos CEOs globais acreditam que os negócios não voltarão à normalidade até 2022
Por Marcelo - Em 05/04/2021 às 12:33 PM
Quase metade (45%) dos CEOs globais não enxergam um retorno dos negócios à normalidade até 2022 e apenas um terço deles (31%) esperam que o retorno ao curso normal ocorra em 2021. Além disso, 24% desses CEOs não esperam mais por isso e afirmam que suas empresas e operações mudaram para sempre com a pandemia.
Outro dado é que mais da metade (55%) dos líderes empresariais temem que nem todos os seus funcionários tenham acesso a uma vacina contra a Covid-19, o que poderá colocar alguns mercados e operações em desvantagem. Essas são as principais conclusões da pesquisa “CEO Outlook Pulse 2021”, conduzida pela KPMG com 500 CEOs de 11 mercados.
“A pesquisa evidencia que os negócios nunca mais serão os mesmos em função da pandemia. Sairemos dela com aprendizados importantes para o futuro das empresas, das pessoas, da sociedade e do meio ambiente. Os desafios estão sendo enfrentados com resiliência e há diversas empresas que conseguem manter as operações e gerar negócios. Este é o momento de exercermos liderança e gestão de forma mais inovadora, estratégica e assertiva”, disse Charles Krieck, presidente da KPMG no Brasil e na América do Sul.
O conteúdo revelou também que a maioria (90%) dos líderes desejam garantir a segurança da equipe, solicitando aos funcionários que notifiquem a empresa quando forem vacinados. E quase dois terços (61%) das empresas buscarão uma implementação bem-sucedida da vacina contra a Covid nos mercados consultados antes de solicitarem que seus funcionários retornem aos escritórios.
Crescimento
A confiança dos CEOs no crescimento de suas empresas, setores e países no horizonte de três anos é elevada. No entanto, as perspectivas para a economia global são baixas. Segundo a pesquisa, a expectativa dos entrevistados para a expansão de seus negócios nesse período são: 22% muito confiantes, 66% confiantes, 11% neutros, 1% não muito confiantes. Sobre crescimento do setor, as perspectivas são: 23% muito confiantes, 67% confiantes, 8% neutros, 2% não muito.
Em relação às perspectivas de crescimento de seus países, as respostas são: 19% muito confiantes, 65% confiantes, 11% neutros, 5% não muito confiantes. Sobre a expectativa de expansão da economia global, os dados são: 13% muito confiantes, 30% confiantes, 14% neutros, 39% não muito confiantes, 4% nada confiantes.
Já os riscos ambiental e climático continuam sendo preocupantes para as empresas, com 89% dos CEOs procurando assegurar ganhos de sustentabilidade e mudança climática obtidos durante a pandemia. Além disso, quase todas eles (96% agora contra 63% em agosto de 2020) aumentaram o foco no componente social dos programas de ESG.
Digitalização
A pandemia também acelerou a atenção dos CEOs no digital. Com a migração do modo de crise para a normalização das operações, o foco migrou para segurança cibernética e conexão digital com clientes. Como resultado, os respondentes identificaram a segurança cibernética como a principal preocupação com impacto no crescimento e nas operações ao longo de três anos.
A principal área de investimento planejado engloba medidas de segurança de dados (52%), seguida por tecnologias centradas no cliente (50%). A maioria dos CEOs (61%) afirmaram que continuarão desenvolvendo ferramentas de colaboração e comunicação digitais.
Foram entrevistados 500 CEOs de 11 mercados (Alemanha, Austrália, Canadá, China, Espanha, Estados Unidos, França, Índia, Itália, Japão e Reino Unido) entre 29 de janeiro e 4 de março deste ano. Todos os entrevistados têm receitas anuais superiores a US$ 500 milhões e 35% das empresas pesquisadas têm receita anual superior a US$ 10 bilhões. O conteúdo está disponível no link: http://home.kpmg/br/pt/home/insights/2021/03/ceo-outlook-pulse.html.