Em julho, a Eve levantou US$ 95,6 milhões em equity com um grupo de investidores, incluindo a Embraer e a japonesa Nidec

A Eve, controlada pela Embraer, anunciou, nessa quarta-feira (30), a obtenção de um financiamento de US$ 50 milhões (aproximadamente R$ 285 milhões) junto ao Citibank. O objetivo é fortalecer seu balanço patrimonial e acelerar o desenvolvimento de sua aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical (eVTOL). A empresa, uma das várias startups focadas em aeronaves movidas a bateria, visa oferecer uma alternativa inovadora ao tráfego urbano.

A expectativa é que o eVTOL da Eve obtenha certificação e inicie suas operações em 2026. Até o momento, a companhia já conta com cerca de 3.000 pedidos potenciais, projetando uma receita de US$ 14,5 bilhões (R$ 82,65 bilhões). O acordo com o Citibank segue um investimento anterior, onde a Eve assegurou uma linha de crédito de US$ 88 milhões (R$ 501,6 milhões) junto ao BNDES para a construção de sua primeira unidade de produção em Taubaté, São Paulo.

Eduardo Couto, diretor financeiro da Eve, comentou sobre o novo financiamento, afirmando que “a confiança de novos investidores reflete a consistência do nosso plano estratégico e o forte interesse dos clientes em nossa aeronave”.

Além disso, em julho, a Eve levantou US$ 95,6 milhões (R$ 545 milhões) em equity com um grupo de investidores, incluindo a Embraer e a japonesa Nidec. Com o recente financiamento, a liquidez da empresa aumentará para cerca de US$ 480 milhões (R$ 2,736 bilhões), comparado aos US$ 340 milhões (R$ 1,938 bilhão) registrados ao fim do segundo trimestre deste ano.

Couto destacou que “o financiamento recente, somado ao caixa disponível e às linhas de crédito, garante uma capitalização robusta, fortalecendo nosso balanço e assegurando uma das maiores liquidez do setor de mobilidade aérea avançada”.

A Eve estreou na Bolsa de Nova York em maio de 2022, captando cerca de US$ 400 milhões (R$ 2,28 bilhões) para o desenvolvimento e produção de sua aeronave eVTOL, posicionando-se como um player promissor no futuro da mobilidade urbana.