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Expectativa de crescimento do crédito em 2025 é reduzida de 9,3% para 9%

Por Redação - Em 02/01/2025 às 12:01 AM

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84,2% das instituições financeiras preveem uma redução no ritmo de expansão do crédito já no primeiro semestre deste ano

Os bancos brasileiros esperam um crescimento mais modesto do crédito em 2025, com uma desaceleração nas concessões de empréstimos e uma leve piora na taxa de inadimplência, segundo os resultados da Pesquisa de Economia Bancária e Expectativas, realizada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). O levantamento, divulgado nessa quarta-feira (1º), aponta que 84,2% das instituições financeiras preveem uma redução no ritmo de expansão do crédito já no primeiro semestre deste ano.

A revisão das expectativas para 2025 reflete a piora das condições macroeconômicas observada no final de 2024. A expectativa para o crescimento da carteira de crédito foi ajustada de 9,3% para 9%, uma desaceleração em relação à previsão de 10,5% para 2024. “Começamos o ano com as expectativas de crédito recalibradas diante do cenário macroeconômico mais desafiador que se desenha, com maior aperto monetário para conter a inflação e seu reflexo direto na atividade”, destacou Rubens Sardenberg, diretor de Economia, Regulação Prudencial e Riscos da Febraban.

Inadimplência

Além da redução nas projeções de crescimento do crédito, a pesquisa também aponta uma leve elevação na taxa de inadimplência. Os bancos estimam que a taxa de calotes na carteira de crédito livre deverá fechar 2024 em 4,5%, mas deve subir para 4,7% em 2025. O número representa uma revisão em relação à expectativa anterior, que era de 4,5% para o próximo ano.

Sardenberg ressaltou que a expectativa de piora na inadimplência está relacionada ao novo ciclo de alta dos juros, que pode impactar principalmente as famílias e as micro, pequenas e médias empresas. “As instituições financeiras começam a ver um cenário mais negativo para a inadimplência em 2025 e por isso precisamos analisar com atenção a performance dessas parcelas da economia”, afirmou.

A pesquisa foi conduzida com 19 bancos entre os dias 17 e 20 de dezembro, sendo um indicador importante para entender as perspectivas do setor bancário e os impactos das políticas econômicas no mercado de crédito brasileiro.

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