A primeira reunião presencial com empresários que formam o Lide Ceará contou com a apresentação do economista Fernando Ulrich, conselheiro da Casa da Moeda do Brasil, que falou sobre os impactos da Covid-19 na economia do País, a agenda brasileira e os próximos desafios considerando gastos públicos, inflação, investimentos estrangeiros, dentre outros aspectos.

Severino Neto, Geraldo Luciano, Emília Buarque e Cândido Albuquerque        Foto: Divulgação 

“Estamos voltando presencialmente depois de um longo período de limitações ocasionado pela pandemia do novo coronavírus, no entanto é importante ressaltar que foi um período muito produtivo, no qual continuamos, enquanto lideranças empresariais de nosso Estado, promovendo debates construtivos sobre negócios, economia, inovação, saúde e política”, disse a presidente do Lide Ceará, Emília Buarque.

A retomada das reuniões presenciais aconteceu na última sexta-feira (25), no Hotel Gran Marquise. Ela lembrou, ainda, que a entidade parte para um novo momento, sempre engajada e com foco na pauta empresarial, em novas oportunidades de negócios e investimentos.

Fernando Ulrich participou da reunião do Lide Ceará por meio de videoconferência

A palestra de Fernando Ulrich trouxe esclarecimentos sobre recessão brasileira e caminhos possíveis para vencer os desafios econômicos. Ele falou sobre o lado positivo e também negativo para a economia, ressaltando a importância das reformas que constavam na agenda do Governo Federal, antes da pandemia, e incentivando os empresários a realizarem essa cobrança.

“Estamos num momento delicado, pois, por um lado, a economia parece que começou a decolar e vários setores estão sentindo isso, mas, por outro, temos desafios muito importantes como a redução de gastos do governo. Antes da pandemia, estávamos num caminho muito positivo em termos de melhor perspectiva das contas públicas pois passou a reforma da Previdência e tinha chance de vir uma reforma tributária e depois a administrativa. Isso trazia melhor confiança no país. Depois da pandemia, muito dessa agenda foi esquecido, de fato pela emergência do momento. Agora o déficit fiscal terá que ser sanado nos próximos anos”, afirmou o economista.

Perguntado sobre uma retomada dos empregos, Ulrich destacou que é um momento bom, mas de observação. “A taxa de desemprego deve cair, mas é preciso ficar atento para quando acabarem os auxílios e créditos emergenciais. Encaro esse momento com atenção, pois é necessário ver o que vai acontecer ano que vem e como a economia vai se comportar com a retirada desses estímulos, considerando até com um aumento da inflação”, ponderou.