CASA DA MULHER BRASILEIRA
FIEC, TJCE e Governo do Ceará fecham parceria para ofertar 300 vagas em cursos a mulheres vítimas de violência
Por Marcelo - Em 16/02/2023 às 7:13 PM
Em solenidade realizada nesta quinta-feira (16), no Fórum Clóvis Beviláqua, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) Ricardo Cavalcante participou da assinatura do termo de cooperação para a oferta de 300 vagas em cursos profissionalizantes e educação continuada a mulheres vítimas de violência doméstica, atendidas pela Casa da Mulher Brasileira. Os cursos serão realizados gratuitamente pelo Sesi e Senai Ceará.
O documento também foi assinado pelo presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE), desembargador Abelardo Benevides; pela vice-governadora do Ceará e secretária das Mulheres do Ceará, Jade Romero; pelo superintendente do Sesi Ceará e diretor Regional do Senai Ceará, Paulo André Holanda, e pelo secretário-executivo da Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS), Paulo Guedes, que representou a secretária Onélia Santana.
Ao abordar o tema, o presidente da FIEC, disse que as unidades do Sesi e Senai Ceará estão de braços abertos para dar todo apoio necessário às mulheres vítimas de violência doméstica. Enfatizou ainda o papel social que o Sistema FIEC pode desempenhar no serviço de qualificação profissional. “Temos dezenas de cursos para oferecer e, assim, podermos transformar a vida de cada uma delas, tornando-as empreendedoras ou a conseguir um emprego justo. Essa é a nossa missão. Na hora que a gente consegue proporcionar esse empoderamento, as mulheres vão, automaticamente, começando a se libertar dos problemas que estão acontecendo”, declarou Ricardo Cavalcante, colocando a FIEC à disposição para atender outras mulheres do projeto.
Também participaram da cerimônia as desembargadoras Marlúcia Araújo Bezerra, coordenadora da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher do TJCE e Iracema do Vale; a diretora do Fórum Clóvis Bevilaqua, juíza Solange Menezes Holanda; a titular do Primeiro Juizado de Violência Doméstica, juíza Rosa Mendonça; a promotora de Justiça das Promotorias da Violência Doméstica, Ana Cláudia Oliveira Torres; a vice-presidente da OAB Ceará e Presidente da Comissão da Mulher da instituição, Christiane Leitão; a Titular da Delegacia da Mulher, Eliana Maia e a assistente social Clarisse de Souza Ribeiro, que representou o Centro Estadual de Referência e Apoio à Mulher (Ceram).
Pauta atual
Segundo o presidente do TJCE, esse trabalho vai continuar sendo feito de forma conjunta. Ao lembrar seu discurso de posse, o magistrado disse que essa é uma pauta atual da sociedade. “Estamos dispostos a ajudar os outros órgãos a enfrentar esse problema. Portanto, vamos nos inserir nessas políticas. O Tribunal de Justiça não tem se omitido, visto que essas práticas começaram, em 2015, na gestão da desembargadora Iracema Martins do Vale e, desde então, estamos nos aprimorando e, como não há obra acabada e nada perfeito, nós queremos melhorar ainda mais”, disse Desembargador Abelardo Benevides.
Já a vice-governadora lembrou que uma das frentes de combate à violência contra a mulher foi a aprovação, no ano passado, de uma lei de autoria do hoje governador Elmano de Freitas e da hoje senadora Augusta Brito, quando eram deputados estduais, na Assembleia Legislativa. A norma determina um percentual de contratação dentro do Governo do Estado para mulheres que sofreram algum tipo de violência doméstica.
“Vamos levar essa informação para representantes dos órgãos do Estado nesse trabalho de combate à violência contra a mulher. A gente sabe que para quebrar o ciclo de violência é muito importante que tenhamos o setor de autonomia econômica fortalecido. Essa também será uma das nossas prioridades e a gente agradece a parceria com o TJCE, FIEC e dos demais parceiros que estão fazendo esse papel de nos ajudar na ascensão da mulher no mercado de trabalho para essa autonomia econômica”, disse Jade Romero.
Segundo o termo de cooperação, as 300 mulheres serão beneficiadas pelos serviços de educação oferecidos pelo Sesi e qualificação profissional do Senai. “Estamos acolhendo essas mulheres vítimas de violência e, portanto, vulneráveis, para que a gente possa encaminhá-las ao mercado de trabalho ou ensiná-las a empreender. É uma ação louvável da Casa da Mulher Brasileira, por meio do Tribunal de Justiça, e a FIEC, por meio do Sesi e Senai Ceará, ao atuar fortemente para minimizar esses problemas sociais”, ressaltou Paulo Holanda.