SEGMENTO EXCLUSIVO

Financiamentos de aeronaves executivas chamam a atenção dos bancos no Brasil

Por Marcelo - Em 19/07/2022 às 11:17 AM

Um segmento extremamente exclusivo registrou expansão em decorrência da pandemia de Covid-19 em todo o mundo e essa tendência também foi verificada no Brasil, chamando a atenção das instituições financeiras: a abertura de linhas de crédito para financiar a compra de aeronaves executivas, especialmente os jatos.

Phenom 300 é um dos modelos preferidos dos milionários brasileiros              Foto: Divulgação

É fato que este tipo de transação não possui um número tão elevado de clientes – uma vez que os valores envolvidos são bastante consideráveis, normalmente acima de R$ 10 milhões, mas com modelos que podem superar os R$ 300 milhões -, fazendo com que estes sejam pessoas extremamente qualificadas. E a busca tem sido tão grande, que alguns modelos podem levar até mais de um ano para serem entregues.

Afinal, não trata-se apenas da aquisição em si de um jato executivo, mas envolve também toda uma logística de hangaragem, equipe técnica para a realização de serviços, tripulação, combustível (literalmente nas alturas) e outras questões que envolvem a manutenção desses equipamentos que são utilizados tanto para negócios quanto para lazer.

Por tudo isso, a carteira de quem adquire uma aeronave deve ser bem significativa, trazendo altos valores para os bancos. De acordo com um levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Leasing (Abel), cerca de R$ 4,15 bilhões estavam imobilizados em arrendamentos para a compra de jatos particulares. E um dos modelos preferidos dos milionários brasileiros é o Phenom 300, fabricado pela Embraer, por sua versatilidade.

Vale lembrar que o Brasil, com 16 mil aeronaves, possui o segundo mercado mundial de aviação executiva, atrás apenas dos Estados Unidos. Somente na questão dos jatos, a frota nacional registrou expansão de 8,5% entre fevereiro de 2021 e igual mês deste ano, saltando de 680 para 738 unidades.

De olho nesse segmento tão exclusivo, grandes bancos têm ampliado suas carteiras para esse tipo de financiamento. O Bradesco sempre liderou essas transações e no ano passado movimentou R$ 1,74 bilhão, representando 42,1% do mercado. Mas o Santander vem ampliando sua carteira e no fim de 2021 chegou a R$ 1,52 bilhão imobilizado, ou 36,8% do total. Vale ressaltar que os clientes ainda tem cerca de 21% desses financiamentos pulverizados em outras instituições financeiras como Citi, Alfa e Daycoval, por exemplo.

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