ECONOMIA BRASILEIRA

Fitch avalia que Selic terá mais um corte e encerrará 2024 em 10,25%

Por Redação - Em 18/06/2024 às 3:15 PM

Fitch Agência De Classificação De Risco

Em seu relatório, a Fitch avalia que o Banco Central do Brasil adotou uma postura cautelosa na condução da política monetária diante de um cenário externo mais incerto

A agência de classificação de risco Fitch divulgou nessa segunda-feira (17) projeção para mais um corte da taxa Selic do Brasil. Conforme a estimativa da agência, Selic encerrará o ano em 10,25%, representando mais um corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros brasileira. Para 2025, a Fitch projeta que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) retomará o ciclo de afrouxamento monetário, com a Selic encerrando o próximo ano em 9,50%. Os cortes deverão continuar no ano seguinte, com a Selic encerrando 2026 em 8,50%.

Em seu relatório, a Fitch avalia que o Banco Central do Brasil adotou uma postura cautelosa na condução da política monetária diante de um cenário externo mais incerto. A agência de classificação de risco também menciona as incertezas com a política doméstica e o crescimento econômico mais forte do que o esperado.

“As expectativas de inflação se desviaram ainda mais acima do ponto médio da meta de 3%, provavelmente refletindo incertezas decorrentes do recente relaxamento dos objetivos fiscais e da próxima mudança de liderança no BC”, diz a Fitch.

Crescimento econômico

A Fitch manteve a projeção de crescimento de 1,7% para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2024. A agência acredita que a economia brasileira terá um crescimento mais estável neste ano.  neste ano deverá ter um desempenho mais estável, descontando o efeito da forte safra agrícola do ano passado. “Esta projeção permanece inalterada a despeito de uma atividade mais forte que a esperada neste início de ano, devido aos efeitos compensatórios das enchentes severas no Rio Grande do Sul – cuja magnitude só ficará mais clara com os dados do segundo trimestre de 2024 -, e ao ritmo mais lento de cortes na taxa de juros”, justificam.

A instituição também manteve a projeção de crescimento de 2,1% para o PIB de 2025.

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