A agência destaca que os riscos fiscais para a América Latina estão em ascensão

A Fitch Ratings projetou um crescimento moderado para a maioria das economias da América Latina em 2024, embora a região continue a enfrentar desafios significativos. Segundo a agência de classificação de risco, a alta do Produto Interno Bruto (PIB) latino-americano deve desacelerar para 1,4% neste ano, uma queda em relação aos 2,2% registrados em 2023. Essa desaceleração coloca a América Latina como a região com o pior desempenho entre os mercados emergentes.

A principal exceção à previsão positiva é a Argentina, que deverá enfrentar uma contração econômica em 2024. A Fitch atribui essa previsão pessimista ao cenário fiscal frágil do país, que continua a afetar negativamente suas perspectivas econômicas.

A agência destaca que os riscos fiscais para a América Latina estão em ascensão. “Os déficits amplamente fracos do primeiro semestre indicam que nossas previsões fiscais podem se deteriorar para 2024 e além,” afirmou a Fitch. A previsão é de que os déficits fiscais permanecerão acima dos níveis considerados sustentáveis para a maioria dos países da região. Em média, o déficit fiscal na América Latina deve atingir 1,5% do PIB em 2024, ligeiramente acima dos 1,4% registrados em 2023.

Apesar desses desafios, a Fitch observa que os amortecedores externos e as opções de financiamento na região permanecem em sua maioria sólidos. Isso sugere que, embora os riscos fiscais estejam aumentando, a capacidade da região de gerenciar e mitigar esses riscos ainda é relativamente robusta.

O panorama econômico para a América Latina continua a ser influenciado por uma combinação de fatores internos e externos, e a Fitch recomenda monitoramento contínuo das condições fiscais e econômicas para entender melhor os possíveis impactos futuros sobre a região.