EM 2024
FMI eleva projeção de crescimento econômico do Brasil de 2,1% para 3%
Por Redação - Em 22/10/2024 às 11:52 AM
O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou a projeção de crescimento do Brasil para 2024, aumentando-a de 2,1% para 3%. A nova estimativa foi divulgada no relatório Perspectiva Econômica Mundial (WEO) nesta terça-feira, 22. A revisão ocorre após a previsão anterior ter sido ajustada em julho, em função das enchentes no Rio Grande do Sul.
O FMI atribui essa melhoria ao aumento do consumo e dos investimentos no primeiro semestre, impulsionados por um mercado de trabalho ativo e transferências governamentais, além de interrupções menores do que o esperado devido às enchentes. Essa revisão segue uma tendência observada em outras instituições, como o Banco Mundial e diversos bancos de investimento, que também aumentaram suas estimativas para o Brasil.
Caso a previsão se concretize, o Brasil terá um crescimento ligeiramente superior ao de 2023, que foi de 2,9%. No entanto, o país deve apresentar um crescimento abaixo da média das economias emergentes e em desenvolvimento, estimada em 4,2% para 2024 e 2025. O Brasil, por outro lado, deve superar a expectativa para a América Latina e Caribe, com projeções de 2,1% para 2024 e 2,5% para 2025.
Para 2025, o FMI revisou sua projeção para o PIB brasileiro, diminuindo-a para 2,2%, uma queda em relação à estimativa anterior. A instituição aponta que a política monetária restritiva e o esfriamento do mercado de trabalho devem moderar o crescimento.
O FMI também ajustou suas expectativas em relação à inflação. A previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2024 foi elevada de 4,1% para 4,3%. Em 2025, o índice deve desacelerar para 3,6%, acima da projeção anterior de 3,0%. O FMI observa que, embora os preços estejam em uma trajetória de esfriamento, fatores como o crescimento salarial robusto dificultam uma desinflação mais rápida, especialmente no setor de serviços.
O índice de desemprego no Brasil deve ficar em 7,2% para 2024 e 2025, uma queda em relação ao ano passado, quando foi de 8%. O FMI considera que as políticas monetárias no Brasil estão alinhadas com a convergência da inflação para a faixa de tolerância até o final de 2024. Após iniciar a redução das taxas de juros, o Brasil enfrentou um novo ciclo de elevação das taxas em resposta à deterioração das expectativas de preços e preocupações fiscais.