Apesar do pedido de falência, a Forever 21 informou que suas lojas físicas e o site nos EUA continuarão funcionando por enquanto

A Forever 21, famosa marca de fast fashion, entrou com pedido de falência nos Estados Unidos no último domingo (16), pela segunda vez em seis anos, em meio à crescente competição de gigantes do setor, como Shein e Temu. O pedido foi protocolado em um tribunal de Delaware e reflete os desafios que a empresa enfrenta, incluindo aumento de custos e mudanças nas preferências dos consumidores.

Apesar do pedido de falência, a Forever 21 informou que suas lojas físicas e o site nos EUA continuarão funcionando por enquanto, com um “encerramento ordenado” de algumas operações no país. A marca também iniciará liquidações em suas lojas e está à procura de um comprador para seus ativos.

O diretor financeiro da empresa, Brad Sell, afirmou que a Forever 21 não conseguiu encontrar um modelo de negócios sustentável devido à feroz concorrência de marcas internacionais e às dificuldades econômicas enfrentadas pelos consumidores. O modelo de fast fashion, caracterizado pela produção em massa de roupas baratas, tem sido amplamente criticado por seu impacto ambiental e pelo incentivo ao consumo desenfreado.

A marca, que já teve 800 lojas no mundo, viu seu número de locais cair para menos de 540 atualmente, e sua relevância foi diminuindo ao longo dos anos. Além disso, a pandemia acelerou o crescimento das compras online, o que contribuiu para a perda de clientes para as plataformas de comércio eletrônico, como Shein e Temu.

Com a falência, a Forever 21 se junta a uma lista crescente de empresas americanas que fecham lojas e reavaliam suas operações. No ano passado, mais de 7.300 lojas foram fechadas nos EUA, um aumento de 57% em relação ao ano anterior, segundo a Coresight Research. A empresa agora busca uma nova estratégia para sobreviver, possivelmente através de acordos de licenciamento ou uma venda, mas o futuro da marca permanece incerto.