A taxa de ocupação média dos hotéis de Fortaleza em janeiro ficou em 55%, de acordo com um levantamento realizado pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no Ceará. No primeiro mês do ano passado essa taxa ficou em 80,75%, mostrando que os impactos da pandemia de Covid-19 foram bastante significativos para o trade hoteleiro. Tanto que em dezembro de 2020 a média ficou em 47%, frente a cerca de 70% no último mês de 2019.

“Apesar de todos esses resultados inferiores numa comparação com o período pré-pandemia, mostra que o setor está reagindo, lentamente, mas ainda com números bem aquém do que a gente estava esperando. A gente estava confiante que 2020 teria um desempenho muito bom no turismo em geral, mas fomos atropelados pela pandemia”, lamentou o presidente da ABIH-CE, Régis Medeiros.

Régis Medeiros e Ivana Bezerra acreditam na forte demanda reprimida          Foto: Divulgação

Ele ressaltou, ainda, que existe uma demanda reprimida muito grande, pois muita gente gostaria de ter viajado no ano passado e não conseguiu fazer isso. “Acredito que a partir do fim do primeiro semestre já deve haver uma melhora. Até porque as pessoas que pretendiam viajar para o exterior, deverão viajar pelo Brasil, o que deverá ajudar na recuperação do nosso setor”, afirmou.

E crê na continuidade do aumento da ocupação nos hotéis cearenses, que vêm seguindo os protocolos sanitários à risca. “Deveremos ter números bem melhores já no segundo semestre deste ano, mas uma atividade mais efetiva só deverá acontecer no ano que vem. Tudo vai depender da redução da disseminação do coronavírus e da recuperação da nossa economia”, completou Régis Medeiros.

Segundo a presidente do Visite Ceará – Fortaleza Convention & Visitors Bureau, Ivana Bezerra, o setor hoteleiro teve uma redução significativa nas suas taxas de ocupação, a partir de março do ano passado, mas logo no início do segundo semestre começou a haver uma recuperação muito positiva.

“A gente veio com um crescimento gradativo desde agosto. No caso do Sonata de Iracema, inclusive, esteve acima da minha expectativa. Fevereiro já vinha bem aquecido, em especial para o Carnaval, quando estávamos com cerca de 75% de reservas, mas devido ao novo decreto governamental, estão ocorrendo cancelamentos. Mas todos precisamos entender, pois a pandemia teve uma expansão”, explicou.

Ela espera que após o Carnaval, com a vigência do decreto anterior, ocorra uma nova alta das taxas de ocupação. “E com o aumento dos índices de vacinação, a tendência é que o movimento nos hotéis cresça. As pessoas estão ávidas por viajar, algumas nem vão trocar o carro, mas assim que essa pandemia reduzir, essa demanda reprimida vai bombar”, salientou Ivana Bezarra.