Fortaleza se prepara para receber o 14º Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), que ocorrerá a partir desta terça-feira (3) e segue até quinta, no Centro de Eventos do Ceará (CEC). Ele reunirá importantes produtores e importadores de algodão, com um público de 4.500 participantes, incluindo representantes de 29 países e 23 estados brasileiros. Durante o congresso, serão abordados temas relevantes para a cotonicultura no Brasil, refletindo a importância do setor e as oportunidades de desenvolvimento e inovação. A participação de tantos profissionais evidencia o potencial e o interesse crescente pela atividade, que continua a ser fundamental para a economia local e nacional.

Produção de algodão envolve muita técnica e equipamentos avançados

A relevância do evento fica ainda mais evidenciada porque a produção nacional já atingiu a marca de 3,5 milhões de toneladas anuais do produto, consumindo menos de um milhão de tonelada, fazendo com que cerca de 3,5 milhões de toneladas sejam exportadas. Isso fez com que o País se tornasse, este ano, o maior exportador mundial de algodão. Além disso, o ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, será um dos debatedores do painel ‘Décadas de desafios e oportunidades: O protagonismo do algodão brasileiro na visão dos grupos agrícolas nacionais’.

Para dar ainda mais ‘peso’ à qualidade desse debate, os maiores cotonicultores nacionais também participarão deste painel, discutindo as principais tendências e tecnologias disponíveis atualmente, além de oportunidades de negócios. Nomes como Erai e Blairo Maggi, além de Guilherme Scheffer, maiores produtores de algodão de Mato Grosso; Carlos Alberto Moresco, maior cotonicultor de Goiás; Walter Horita, maior produtor da Bahia, além de Aurélio Pavinato, CEO da SLC, segunda maior produtora de algodão do Brasil, discutirão todas estas questões.

Investimentos em tecnologia, realização de manejo adequado do solo e controle de pragas são algumas ações que precisam ser implementadas para promover a retomada da liderança do Ceará como maior produtor de algodão do Brasil. Afinal, o solo e o clima cearenses têm características que favorecem o cultivo do algodão, e esses investimentos por parte dos produtores, podem trazer um crescimento relevante nos índices de produtividade.

O XIV CBA vai acontecer em um momento especial para a cotonicultura cearense, pois o Governo do Ceará, em parceria com a Federação da Agricultura do Ceará (Faec) e a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), deram o start no projeto ‘Algodão do Ceará’. Os detalhes desse projeto será apresentado nesta quarta-feira (4), em um café da manhã realizado pela empresa de tecnologia Fertsan e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), a fim de que o Ceará possa reconquistar o protagonismo na produção brasileira de algodão, que ocupou durante três décadas – entre 1950 e 1980 -, até que a praga do ‘bicudo’ devastar a produtividade cearense.