O número de fusões e aquisições realizadas pela indústria de consumo e varejo no Brasil aumentou 25% nos nove primeiros meses deste ano, em comparação com o mesmo período de 2023. De janeiro a setembro de 2024 foram efetuadas 105 operações contra 84. Dos oito setores pesquisados, apenas um não teve bom desempenho. Os dados constam em estudo realizado trimestralmente pela KPMG, com a participação de 43 áreas da economia brasileira.

Setor de supermercados registrou a maior expansão percentual, com 111%

Os setores que se destacaram no acumulado dos nove primeiros meses deste ano foram os seguintes: alimentos, bebidas e fumo com 37 transações (aumento de 32% em relação ao mesmo período de 2023); supermercados, 19 (111%); vestuário e calçados, seis (100%); hotéis e restaurantes, nove (12,5%); lojas de varejo, 15 (7%); shopping centers, dez (11%); e higiene, cinco (66%). Apenas o setor de embalagens apresentou recuo de 60% em operações, registrando dez, nos três trimestres de 2023, e apenas quatro em semelhante período de 2024.

Já com relação ao tipo de operação realizada, das 105 concretizadas de janeiro a setembro deste ano, 83 são do tipo domésticas, entre empresas brasileiras, 12 do tipo CB1; oito CB2 ; duas CB3; uma CB4 e outras duas CB5. “O setor está aquecido com grande número de operações acontecendo no mercado interno. Os empresários estão um pouco cautelosos, principalmente pelo recente aumento dos juros, mas otimistas quanto a um maior volume de vendas nos próximos meses, devido às datas comemorativas do final de ano”, afirma o sócio-líder de Consumo e Varejo da KPMG no Brasil e América do Sul, Fernando Gambôa.