O último reajuste da gasolina pela Petrobras ocorreu em julho deste ano, resultando em um aumento de R$ 0,20 por litro FOTO: Agência Brasil

Com a valorização do petróleo no mercado internacional, os preços da gasolina e do diesel produzidos pela Petrobras estão inferiores aos praticados no Golfo do México, referência para importadores. A Acelen, que detém 14% do mercado de refino, aumentou o preço do litro do diesel em R$ 0,03 na quarta-feira passada, alinhando-se ao valor de paridade, mas não alterou o preço da gasolina.

De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a gasolina vendida pela Petrobras está 5% abaixo do preço internacional, com potencial para um aumento de R$ 0,14 por litro. Na Refinaria de Mataripe, da Acelen, a defasagem é maior, chegando a 7%, o que poderia permitir uma alta de R$ 0,19 por litro para atingir a paridade de importação (PPI).

O último reajuste da gasolina pela Petrobras ocorreu em julho deste ano, resultando em um aumento de R$ 0,20 por litro. O diesel, por sua vez, teve o último ajuste em dezembro de 2023, com uma queda de R$ 0,30 por litro. Atualmente, o diesel está há mais de 300 dias sem reajuste pela estatal, apresentando uma defasagem de apenas 1% nas refinarias, o que poderia justificar um aumento similar ao da Acelen na semana passada.

A Abicom informou que os importadores estão há 20 dias sem realizar compras de gasolina no exterior, e o combustível opera abaixo da paridade em diversas regiões do Brasil, incluindo Itaqui, Suape, Paulínia, Araucária, Itacoatiara e Aratu. A janela para importação de diesel esteve fechada por apenas um dia, com preços variando conforme cada polo.

Desde maio do ano passado, a Petrobras abandonou a política de paridade de preço de importação, adotando uma nova estratégia de reajustes que considera o menor preço que pode ser cobrado e o maior que o consumidor está disposto a pagar. A Acelen, por outro lado, mantém uma política de reajustes semanais baseada no PPI.