Governo do Ceará e FIEC apresentam o potencial do Hidrogênio Verde no Ceará

O Governo do Ceará, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Econômico (SDE) e da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), apresentou nesta terça-feira (24) um estudo abrangente sobre o futuro do Hidrogênio Verde (H²V) no Estado, em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC). Conduzido pelo IXL Center, com metodologia desenvolvida por especialistas do Instituto Massachusetts de Tecnologia (MIT) e da Universidade de Harvard, o relatório foi entregue em reunião comandada pelo governador Elmano de Freitas no Palácio da Abolição.

O estudo marca um avanço significativo para a economia sustentável do Ceará, consolidando o Estado como um dos polos mais promissores para o desenvolvimento do Hidrogênio Verde, uma fonte de energia limpa que promete transformar o cenário global. “Estamos colhendo mais um fruto de nossas pesquisas, sempre conscientes de que podemos fazer mais, e para isso precisamos estar unidos. O Ceará se tornou uma referência graças a essa parceria sólida. E precisamos capacitar, junto com as universidades e a FIEC, 11.500 jovens nos próximos anos, para trabalhar naquilo que estamos construindo no Estado”, ressalta o governador cearense, destacando que a Ferrovia Transnordestina é de grande relevância para o desenvolvimento do Hub de H²V.

Elmano de Freitas e Ricardo Cavalcante mostram o estudo feito pelo IXL Center Fotos: Carlos Gibaja

Fruto de um investimento de R$ 6 milhões – R$ 5 milhões pela Adece e R$ 1 milhão pela FIEC – o estudo prevê que até 2031 o Estado receberá mais de US$ 30 bilhões em investimentos, com capacidade instalada de até 11 gigawatts (GW) de Hidrogênio Verde. Até o momento, o Governo do Ceará já firmou 40 memorandos de entendimento com empresas nacionais e internacionais, sendo que seis desses acordos já evoluíram para pré-contratos com o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), um dos principais centros logísticos do Estado. “Após a aprovação do marco legal do Hidrogênio, temos um grande desafio com o Ceará e precisaremos de documentação única, em várias linguagens, para o Brasil e o mundo, para atrairmos o máximo de talentos, pesquisadores, investidores e fundos de investimentos, a fim de que quando vão analisar projetos de Hidrogênio, tem um estado no Nordeste brasileiro com tamanhas vantagens, inclusive um porto (Pecém) em parceria com o Porto do Roterdã, para transformarmos o Ceará em líder do Hidrogênio no Brasil”, completa Elmano de Freitas.

Importância estratégica

Já o presidente da FIEC, Ricardo Cavalcante, destacou a importância estratégica do estudo. “Este documento é um marco especial. Ele traz um panorama detalhado do cenário mundial do Hidrogênio Verde e nos permite compreender como o Ceará se insere nesse contexto global. A partir desse conhecimento, podemos traçar os passos para o futuro do Estado, do Brasil e do mundo”.

Além de sua relevância econômica, o projeto de Hidrogênio Verde no Ceará apresenta um impacto positivo para a geração de emprego e qualificação profissional. Com a expansão dessa nova cadeia produtiva, será necessário preparar uma força de trabalho altamente qualificada para atuar nos diversos segmentos dessa indústria emergente.

“A gente precisa entender a quantidade de novos negócios que os setores empresarial, das academias, legislativo e executivo vai ter de novas obras, como linhas de transmissão, subestações, parques solares e eólicos, reciclagem, reuso de água, parques de baterias, armazenamento dentro do Porto do Pecém para podermos exportar o Hidrogênio Verde. E todo o desenvolvimento dessas pessoas terá de passar pela academia”, destaca Ricardo Cavalcante.

O titular da SDE, reforçou a importância da colaboração entre os diversos parceiros envolvidos neste projeto ambicioso. “Este é mais um passo essencial para o Ceará. O estudo traz o respaldo de pesquisadores internacionais, apontando como podemos nos estruturar de maneira mais eficiente. Com unidade, políticas de estado consistentes e uma visão de longo prazo, o Ceará está no caminho certo para liderar essa revolução energética”, salienta Salmito Filho.