Entre as novidades, destaca-se a possibilidade de financiamento de imóveis com preços de até R$ 500 mil para famílias que recebem entre R$ 8 mil e R$ 12 mil por mês

O programa “Minha Casa, Minha Vida” do governo federal passa por uma mudança significativa. Agora, famílias com renda mensal de até R$ 12 mil poderão contar com financiamentos mais acessíveis para a compra de imóveis. O novo modelo do programa oferece empréstimos de até R$ 500 mil, com prazos de até 35 anos (420 meses), permitindo a utilização do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para a operação de crédito.

A taxa de juros, definida pelo governo, será de 10,5% ao ano, um valor consideravelmente abaixo das taxas de mercado, facilitando o acesso à casa própria para uma faixa da população antes não atendida. Contudo, o financiamento exigirá que as famílias paguem o valor integral do imóvel, sem subsídios federais.

Entre as novidades, destaca-se a possibilidade de financiamento de imóveis com preços de até R$ 500 mil para famílias que recebem entre R$ 8 mil e R$ 12 mil por mês. O parcelamento poderá ser feito em até 420 meses, proporcionando maior flexibilidade no pagamento.

Embora o programa tenha atraído uma grande expectativa, ainda há pontos que não foram esclarecidos pelo Ministério das Cidades. Entre as questões em aberto estão o início efetivo do financiamento, se haverá novos tetos de renda para áreas rurais, e se as famílias que já possuem um imóvel poderão participar do programa, conforme as regras das faixas anteriores.

Futuro do Programa

Com a previsão de atingir mais de 120 mil famílias nessa nova faixa de financiamento, o governo aposta na expansão do “Minha Casa, Minha Vida” como uma ferramenta para impulsionar ainda mais o setor imobiliário. Desde a retomada do programa, mais de 1,2 milhão de unidades habitacionais foram entregues, e a meta é chegar a 2 milhões até 2026.

O decreto que regulamenta essas mudanças foi publicado no Diário Oficial da União nesta sexta-feira (4) e já está em vigor. Contudo, ainda não há uma data definida para o início da disponibilização dos novos financiamentos.

O governo também anunciou que o Fundo Social do Pré-Sal passará a financiar as Faixas 1 e 2 do programa, uma medida que visa garantir mais recursos para a expansão das moradias populares.

Enquanto o cenário segue em expectativa, a promessa é de mais oportunidades para as famílias brasileiras, especialmente aquelas que antes não encontravam alternativas viáveis para a compra da casa própria.

Pontos a serem definidos:

Data de início do financiamento para o público;

Possível novo teto de renda para áreas rurais;

Inclusão de iniciativas do PAC para esse novo grupo;

Definição sobre a participação de famílias já possuidoras de imóveis.

O Ministério das Cidades ainda não se pronunciou sobre essas questões, mas a expectativa é de mais novidades nos próximos dias.