
Brasil 2025-2050
Governos Federal, Cearense e Municipal apontam estratégias para os próximos 25 anos
Por Anchieta Dantas Jr. - Em 10/04/2025 às 3:24 PM

Alexandre Cialdini, secretário de Planejamento e Gestão do Ceará; Gabriella Aguiar, vice-prefeita de Fortaleza; Vírginia Ângelis, secretária Nacional de Planejamento; e Carlos Prado, vice-presidente da Fiec Foto: Douglas Filho
Nesta quinta-feira (10), foi a vez de o Ceará contribuir para a construção do país que queremos nos próximos 25 anos. A capital cearense sediou o evento “Diálogos para Construção da Estratégia Brasil 2025-2050”, promovido pelo Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO). O encontro, realizado no Auditório Valdyr Diogo da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), reuniu representantes dos três níveis de governo para discutir o planejamento de longo prazo do país.
Virgínia de Ângelis, secretária Nacional de Planejamento do MPO, representou o Governo Federal, enquanto Alexandre Cialdini, secretário de Planejamento e Gestão, falou pelo Governo do Ceará, e Gabriella Aguiar, vice-prefeita de Fortaleza, representou o poder municipal. Carlos Prado, vice-presidente da FIEC, foi o anfitrião do evento.
Os encontros estaduais, conduzidos pela Secretaria Nacional de Planejamento do MPO, visam ampliar a participação cidadã e o diálogo com a sociedade para estruturar um plano inovador, inclusivo e competitivo para as próximas décadas. Segundo a ministra Simone Tebet, o planejamento de longo prazo está ancorado em quatro pilares: prosperidade, justiça social, inclusão e sustentabilidade, cada um com metas mensuráveis e diretrizes para enfrentar os principais desafios estruturais do país.
Desafios e oportunidades regionais
Virgínia de Ângelis destacou a importância de ouvir os desafios e oportunidades regionais para desenvolver um plano sustentável e inclusivo. “Entre os principais desafios estão o impacto das mudanças climáticas, a transição demográfica e a necessidade de capacitação da mão de obra para enfrentar as novas tecnologias, como a inteligência artificial”, afirmou.
Alexandre Cialdini, por sua vez, ressaltou que o planejamento de longo prazo é essencial para desenvolver políticas públicas que abordem desafios econômicos, sociais e ambientais. “O Ceará, referência nacional no planejamento estratégico, lançou em 2017 o Ceará 2050, iniciativa que vem sendo atualizada para garantir o desenvolvimento socioeconômico e a melhoria da qualidade de vida dos cearenses”, disse.
Para o secretário, o processo de planejamento está diretamente relacionado à reforma tributária. “Nosso foco agora deve ser nos investimentos, pois enfrentaremos uma grande revisão dos incentivos fiscais. O Estado precisa demonstrar, até 2050, sua capacidade de atrair e reter empresas,” afirmou. Ele também destacou a necessidade de revisar a capacidade de investimento do governo estadual, com ênfase em softwares, branding e marketing.
Já Gabriella Aguiar comemorou a forma como o governo federal está olhando para as realidades e vocações territoriais dos municípios. “Nesse sentido, é importante ressaltar que Fortaleza, além de seu potencial turístico e de serviços, está focada em desenvolver setores como energia, conectividade e tecnologia, visando um futuro mais sustentável e economicamente produtivo para a cidade e o Brasil”, afirmou.
Importância das regulamentações
Carlos Prado, representando o setor produtivo, destacou as oportunidades do Ceará com a energia renovável e o hidrogênio verde, e a importância de regulamentações eficientes para viabilizar os investimentos. “O que o Estado espera, agora, é que realmente as coisas sejam conduzidas de uma forma que o governo não atrase as regulamentações e que a gente consiga dar andamento a todos esses projetos, às intenções de investimentos”, afirmou.
A Estratégia Brasil 2050, que deve ser finalizada até julho de 2025, busca integrar planos setoriais e regionais, melhorar a previsibilidade das ações governamentais e aumentar a transparência. Seus principais objetivos incluem reduzir desigualdades, combater as mudanças climáticas, promover a sustentabilidade ambiental, preparar o país para a transição demográfica e aumentar a competitividade e produtividade.
Os debates estaduais já passaram por Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Paraíba e Pernambuco, e ainda ocorrerão na Bahia, Rio Grande do Sul, Brasília, Mato Grosso do Sul e Pará.
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