INVESTIMENTOS JÁ SUPERAM R$ 200 MILHÕES
Grupo JMC projeta novo empreendimento de luxo na região do Pontal de Maceió
Por Marcelo - Em 26/02/2022 às 1:29 PM
Desenvolver empreendimentos com foco na sustentabilidade, em harmonia com o meio ambiente, sempre utilizando mão de obra local, mas trazendo o que há de melhor em gastronomia e hotelaria, com um charme especial da França. Este é o principal objetivo do Grupo JMC, liderado pelos franceses Celian e seu pai Jean-Michel Chaufour, que já investiu cerca de R$ 200 milhões na região do Pontal de Maceió, em Fortim, nos últimos 15 anos. A intenção do grupo é fazer do Pontal de Maceió um grande destino turístico, bem ao estilo da charmosa e requintada Riviera Francesa.
Atraindo investidores de peso, como os milionários Philippe Austruy e Thomas Valantin, eles já possuem três resorts de charme naquela região, muito sofisticados, mas com uma pegada visando não agredir e, ao mesmo tempo, se integrar ao meio ambiente natural. E se preparam para um novo investimento de padrão internacional, no segmento de alto luxo, com a construção de uma Villa composta por quatro casas amplas, com quatro suítes e piscinas individuais cada, para famílias e grupos de amigos, que terão à sua disposição uma gama de serviços exclusivos – com mordomo particular e um completo atendimento de concierge.
Segundo Celian Chaufour, o valor a ser aplicado no novo empreendimento não foi definido, e os detalhes do projeto ainda não podem ser revelados, mas a Villa ficará encravada num amplo terreno de frente para o mar. “Ainda não temos um investimento fechado. Como se trata de um projeto bem exclusivo, e com perfil ainda mais boutique, será um aporte inferior ao nosso último empreendimento, o Jaguaríndia Village. Mas, independente do valor aplicado, estamos falando aqui de algo muito maior: movimentação da economia, geração de empregos, infraestrutura e oportunidades para os fortinenses”, afirma, lembrando que o Vila Selvagem utiliza 100% de mão de obra local, desde o gerente, até a camareira, o chef de cozinha, a contadora, todos são da região de Pontal de Maceió ou Fortim.
Ele acredita que sempre é possível melhorar, e pensa o mesmo em relação aos hotéis do grupo, sempre lembrando que alguns detalhes dependem de uma atuação coordenada com o poder público. “Algo que faria muita diferença seria ter mais opções de voos no Aeroporto Regional de Aracati. Ele tem uma ótima estrutura e está há menos de 30 minutos do Pontal. Enquanto isso não ocorre, optamos por construir um heliporto, dedicado àqueles hóspedes que desejam algo mais rápido e privativo para chegar aos nossos hotéis”, destaca.
O esmero com que os hotéis que ele e seu pai têm construído na região é tamanho, que os elogios são frequentes, e de clientes muito selecionados. “Ouvi uma vez que estamos desenvolvendo a Riviera Francesa aqui no Ceará, e achei sensacional! Queremos ter ainda uma pequena vila comercial, no espírito de Provence. Fortim e Pontal têm um potencial enorme para se tornar referência em experiência e turismo”, afirma o empresário.
Distante pouco mais de 120 quilômetros da capital cearense e de um aeroporto de nível internacional – o Fortaleza Airport –, com acesso duplicado pela CE-040 e um pequeno trecho de pista simples, a região tem potencial para se transformar na Jericoacoara do Litoral Leste, devido às suas belezas naturais, ao clima bucólico e aos empreendimentos que estão chegando. “Algumas barracas melhoraram sua estrutura, mas surgiram mais opções de restaurantes e bares no centro de Pontal. A quantidade de barracas que há hoje ainda garante privacidade e calmaria aos visitantes. Talvez uma barraca com mais infraestrutura e serviços premium seria interessante. Quem sabe fazemos algo nesse sentido”, comenta.
Jericoacoara já foi eleita duas vezes uma das dez praias mais bonitas do mundo, pelo renomado jornal norte-americano The New York Times, mas além da distância da Capital, ainda possui uma limitação de acesso. E a região do Pontal de Maceió é muito privilegiada, pois além da proximidade com Fortaleza, ainda dispõe de dois aeroportos a pouco mais de 30 e de 120 quilômetros de distância, sendo um deles um importante Hub aéreo, conectando o Ceará com os Estados Unidos e a Europa, entre seis e nove horas de voo direto. E possui inúmeras belezas naturais, sendo que o encontro das águas do Rio Jaguaribe com as do Oceano Atlântico é um grande diferencial do Pontal. Há, ainda, praias desertas, áreas de dunas, o manguezal do rio, além da hospitalidade de seus moradores e o clima de tranquilidade que existe na região. “E termos uma comparação com um dos principais destinos nacional e internacional, como é Jericoacoara, só faz com que busquemos cada vez mais oferecer o que há de melhor em gastronomia, hotelaria e concierge para nossos visitantes”, diz Celian.
O sócio do Grupo JMC lembrou que as licenças ambientais ainda demoram um pouco para serem expedidas pelos órgãos públicos, entretanto isso tem melhorado significativamente. “Mas, certamente, hoje temos um apoio muito maior que no início. O desenvolvimento assusta no começo, mas quando os frutos aparecem, todos passam a enxergar as melhorias e crescimento da região. Até hoje geramos mais de 500 empregos diretos e indiretos. Somente em nossos hotéis, temos em torno de 200 pessoas. O novo projeto deve gerar algo entre 70 e 100 pessoas durante a construção”, salienta.
Mas os empresários franceses também possuem um cuidado diferenciado com as crianças e jovens que residem naquela área do Litoral Leste, demonstrando a sua responsabilidade social. “Algo que poucas pessoas sabem, mas temos um projeto muito interessante aqui no Pontal de Maceió chamado Dojo das Artes, voltado às crianças e adolescentes da região. Lá são ensinadas artes marciais e outras atividades com o objetivo de desenvolver talentos”, completa Celian Chaufour.