O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou em evento com investidores nesta terça-feira (26), que o Governo Federal pode retomar o auxílio emergencial, caso o agravamento da pandemia de Covid-19 persista, mas que isso implicaria em travar o orçamento, não havendo dinheiro para investimentos em educação e segurança, por exemplo.

Paulo Guedes afirmou que novo auxílio exigiria muitos sacrifícios               Foto: Divulgação

Ele destacou que caso o número de mortes provocadas pela Covid-19 continue elevado, com mais de 1,5 mil registros por dia como ocorreu em 2019, mesmo após o início da campanha de vacinação o Governo teria de adotar medidas mais fortes na área econômica, para garantir uma renda mínima às famílias mais necessitadas.

Ele ressaltou que caso a doença persista, há um protocolo de crise previsto em uma cláusula de calamidade pública inserida na PEC do Pacto Federativo, que está em tramitação no Senado desde o fim de 2019. Ele permitiria o travamento de outras despesas, canalizando recursos a um novo auxílio emergencial.

Mas alertou que isso traria sacrifícios para a sociedade. “Quer criar o auxílio emergencial de novo? Tem que ter muito cuidado, pensar bastante, pois se fizer isso, não pode ter aumento automático de verbas para educação, para segurança pública. É uma guerra”, afirmou Paulo Guedes.

Ele ainda ressaltou que o Governo que manter a agenda de reformas econômicas e cobrou do Congresso Nacional o avanço na tramitação de questões como modernização de marcos regulatórios setoriais, privatizações e maior autonomia do Banco Central.