Haddad defendeu que o governo entregará uma economia mais equilibrada, sem “maquiagem” ou “calote” FOTO: Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, nessa terça-feira (7), que a economia brasileira estará “muito mais arrumada” ao final de 2026, último ano do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, caso o plano econômico da equipe seja efetivado. Em entrevista à GloboNews, Haddad projetou um cenário positivo para o país, destacando que os brasileiros podem até “comer filé mignon” até o fim do mandato, se o Brasil souber aproveitar suas vantagens competitivas, como a Lei de Inteligência Artificial e o crédito de carbono sancionado.

A menção ao “filé mignon” foi uma resposta a uma pergunta sobre a promessa de Lula de proporcionar picanha no prato dos brasileiros ao fim do seu governo. A atual política econômica, no entanto, tem sido alvo de críticas devido ao aumento dos gastos públicos e ao crescente endividamento do país, além de críticas à eficácia do pacote de contenção de despesas apresentado em novembro de 2024.

Haddad defendeu que o governo entregará uma economia mais equilibrada, sem “maquiagem” ou “calote”. Ele ressaltou a posição estratégica do Brasil frente aos vizinhos e ao cenário internacional, citando o acordo entre o Mercosul e a União Europeia como um ponto positivo para a região.

Em relação às perspectivas fiscais, o ministro informou que o déficit primário de 2024 ficará em 0,1% do PIB, excluindo os gastos relacionados ao Rio Grande do Sul. Com as despesas adicionais para o estado, o déficit deve ser de 0,37% do PIB. Haddad também mencionou que o crescimento do PIB em 2024 deve ficar entre 3,5% e 3,6%, o que pode impactar o resultado final das contas públicas.

Para o orçamento de 2025, Haddad indicou a necessidade de ajustes para alinhar as despesas ao pacote de contenção aprovado pelo Congresso no ano anterior, com o objetivo de garantir uma gestão orçamentária mais precisa e eficiente.