Em pouco mais de uma semana, a Hapvida acumula uma queda de quase 40% no valor de suas ações na B3 e perdeu R$ 13,2 bilhões em valor de mercado

A Hapvida, maior operadora de planos de saúde do Brasil, colocou à venda dois ativos considerados não estratégicos: a Resgate São Francisco, de transporte de pacientes, e a empresa de tecnologia voltada à saúde Maida, de acordo com informações do jornal Valor Econômico. A notícia foi divulgada após a companhia cair quase 49% na Bolsa de valores em pouco mais de uma semana.

Com os movimentos recentes de aquisições, como a fusão com a operadora Notre Dame, em 2021, e a compra do grupo de saúde São Francisco, em 2019, executivos e controladores da Hapvida passaram a avaliar quais ativos a companhia poderia se desfazer para enxugar a sua estrutura. Nesse processo, a operadora está sendo assessorada pelo BTG Pactual.

Fontes familiarizadas com o assunto ouvidas pelo Valor Econômico afirmaram que potenciais compradores estão recebendo detalhes sobre os ativos. Entre os interessados, estaria o grupo JSL, cujo alvo seria a empresa de transporte de ambulâncias da Hapvida. No entanto, ainda não há propostas vinculantes para os dois negócios.

Eficiência financeira

Os dois ativos colocados à venda não são de alto valor, mas o movimento é uma importante sinalização de que a companhia de saúde quer buscar maior eficiência financeira.

Queda de 40% na Bolsa

Em pouco mais de uma semana, a Hapvida acumula uma queda de quase 40% no valor de suas ações na B3 e perdeu R$ 13,2 bilhões em valor de mercado. O tombo ocorreu após a divulgação do balanço do quarto trimestre da companhia, que frustrou as projeções do mercado financeiro, com alto índice de sinistralidade.