5% MENOR DO QUE EM 2023
IBGE prevê safra de 299,6 milhões de toneladas para 2024
Por Redação - Em 14/05/2024 às 2:28 PM
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) elevou a projeção da safra de cereais, leguminosas e oleaginosas para 2024. Com base em dados de abril divulgados nesta terça-feira (14), a safra deste ano deve totalizar 299,6 milhões de toneladas, 5% menor que a obtida em 2023 (315,4 milhões de toneladas), com redução de 15,8 milhões de toneladas; e 0,4% acima da informada em março, com acréscimo de 1,2 milhão de toneladas.
A área a ser colhida é de 77,9 milhões de hectares, o que representa estabilidade (0,0%) frente à área colhida em 2023, com crescimento de 9,4 mil hectares, e aumento de 0,2% (134,9 mil hectares) em relação a março.
O arroz, o milho e a soja, os três principais produtos, somados, representam 91,6% da estimativa da produção e respondem por 87,0% da área a ser colhida. Frente a 2023, houve acréscimos de 10,9% na área a ser colhida do algodão herbáceo (em caroço), de 4,6% na do arroz em casca, de 5,9% na do feijão e de 2,5% na da soja, ocorrendo declínios de 5,5% na área do milho (reduções de 8,0% no milho 1ª safra e de 4,8% no milho 2ª safra), de 7,5% na do trigo e de 4,3% na do sorgo.
Em relação à produção, houve acréscimos de 7,7% para o algodão herbáceo (em caroço), de 2% para o arroz, de 11,1% para o feijão e de 27% para o trigo, e decréscimos de 2,4% para a soja, de 6,8% para o sorgo e de 11,7% para o milho (reduções de 13,5% no milho de 1ª safra e de 11,2% no milho de 2ª safra).
A estimativa de abril para a soja foi de 148,3 milhões de toneladas. Quanto ao milho, a estimativa foi de 115,8 milhões de toneladas (24,0 milhões de toneladas de milho na 1ª safra e 91,8 milhões de toneladas de milho na 2ª safra). A produção do arroz foi estimada em 10,5 milhões de toneladas; a do trigo em 9,8 milhões de toneladas; a do algodão herbáceo (em caroço) em 8,3 milhões de toneladas; e a do sorgo, em 4,0 milhões de toneladas.
A estimativa da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou variação anual positiva para duas Grandes Regiões: a Sul (8,3%) e a Norte (7,6%). Houve variação anual negativa para as demais: a Centro-Oeste (-12,2%), a Sudeste (-10,5%) e a Nordeste (-3,1%). Quanto à variação mensal, apresentou crescimento a Nordeste (1,2%), a Norte (5,8%) e a Centro-Oeste (0,9%). enquanto as demais apresentaram declínio: a Sudeste (-1,9%) e a Sul (-0,9%).
Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com participação de 28,0%, seguido pelo Paraná (13,4%), Rio Grande do Sul (13,3%), Goiás (10,6%), Mato Grosso do Sul (8,3%) e Minas Gerais (5,6%), que, somados, representaram 79,2% do total. Com relação às participações regionais, tem-se a seguinte distribuição: Centro-Oeste (47,2%), Sul (28,9%), Sudeste (9,2%), Nordeste (8,7%) e Norte (6%).
Destaques
Em relação a março, houve aumentos nas estimativas da produção da batata 3ª safra (6,8% ou 73 719 t), do sorgo (6,6% ou 249 743 t), da batata 1ª safra (2,6% ou 44.750 t), da soja (0,9% ou 1.380.088 t), do feijão 1ª safra (0,8% ou 7 893 t), da cevada (0,6% ou 2.600 t), do tomate (0,5% ou 20.164 t), do arroz (0,3% ou 32.234 t), da aveia (0,2% ou 2.858 t), bem como declínios nas estimativas de produção do cacau (-1,1% ou -3.162 t), do trigo (-1,0% ou -101.191 t), do feijão 3ª safra (-0,8% ou -5.396 t), da batata 2ª safra (-0,7% ou -8.900 t), do milho 1ª safra (-0,4% ou -91.296 t), do milho 2ª safra (-0,3% ou -248.837 t) e do feijão 2ª safra (-0,0% ou -691 t).
Entre as Grandes Regiões, o volume da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou a seguinte distribuição: Centro-Oeste, 141,4 milhões de toneladas (47,2%); Sul, 86,4 milhões de toneladas (28,9%); Sudeste, 27,4 milhões de toneladas (9,2%); Nordeste, 26,1 milhões de toneladas (8,7%) e Norte, 18,1 milhões de toneladas (6,0%).
As principais variações absolutas positivas nas estimativas da produção, em relação ao mês anterior, ocorreram em Goiás (1 279 774 t) e no Pará (998 575 t). As variações negativas ocorreram no Paraná (-801.000), em São Paulo (-442.380 t) e em Minas Gerais (-96.291 t).