Enquanto o Ibovespa e o dólar enfrentam variações, a expectativa é que a economia brasileira continue demonstrando resiliência e potencial de crescimento

O Ibovespa, índice de referência da Bolsa de Valores de São Paulo, viu sua sequência de oito altas consecutivas quase se estender para uma nona, mas terminou o dia com uma leve queda de 0,15%, aos 133.953,25 pontos. O índice perdeu 200,17 pontos e não conseguiu sustentar o nível dos 134 mil pontos. Na manhã de hoje, o Ibovespa havia alcançado uma nova máxima histórica, atingindo 134.781,44 pontos, mas não manteve essa marca até o encerramento das negociações.

Apesar da pequena queda de hoje, o desempenho semanal do Ibovespa foi positivo. O índice avançou 2,56% ao longo da semana, após uma alta de 3,78% na semana anterior, que foi a mais significativa dos últimos 14 meses.

O dólar comercial também recuou, com uma queda de 0,31%, terminando o dia a R$ 5,46, após duas semanas de valorização.

O mercado foi impulsionado por dados econômicos favoráveis, incluindo o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) de junho, que serve como uma prévia do PIB brasileiro. Além disso, os índices de Wall Street avançaram, alimentando a esperança de que uma recessão temida há duas semanas possa não ocorrer e que o Federal Reserve possa reduzir as taxas de juros na reunião de setembro.

Austan Goolsbee, presidente do Fed de Chicago, sugeriu que “não se deve apertar por mais tempo do que o necessário”, observando que a economia americana não parece estar superaquecida.

No Brasil, porém, a percepção de uma economia superaquecida persiste para alguns analistas. Fernando Genta, economista-chefe da XP Asset, afirmou que “o Banco Central precisará elevar os juros, pois a economia está acelerando e a inflação está em ascensão”. Genta também destacou que o PIB deve crescer cerca de 3% e que o mercado de trabalho permanece robusto, apesar dos desafios climáticos no Rio Grande do Sul.

Enquanto o Ibovespa e o dólar enfrentam variações, a expectativa é que a economia brasileira continue demonstrando resiliência e potencial de crescimento, com as autoridades monetárias internacionais acompanhando de perto os desenvolvimentos econômicos globais.