O Instituto do Câncer do Ceará (ICC), através do Hospital Haroldo Juaçaba, realizou a primeira cirurgia robótica voltada para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), empregando a plataforma robótica da Vinci Surgical System, reconhecida globalmente pela excelência em tecnologia médica. Com essa conquista pioneira, o ICC reafirma seu compromisso de liderar a inovação na saúde e de ampliar o acesso a tratamentos avançados e minimamente invasivos para a população.

Cirurgia robótica inédita no Estado também atende aos pacientes do SUS

Referência no tratamento oncológico há mais de 80 anos, o ICC alia modernos avanços tecnológicos ao cuidado integral e humanizado, colocando sempre o paciente no centro de sua atuação. Ao unir inovação e compromisso social, a instituição busca reduzir as desigualdades no acesso à saúde de qualidade, beneficiando não só os pacientes, mas a sociedade como um todo.

“Nossa visão é de uma tecnologia que ultrapassa o privilégio de poucos e chega a toda a sociedade. O papel do ICC é oferecer o que há de mais avançado na ciência e na tecnologia, e disponibilizá-lo para aqueles que realmente necessitam”, afirma Alberto Fiúza, diretor administrativo do ICC.

Pioneirismo e inovação

A introdução dessa nova tecnologia, que proporciona alta precisão na remoção de tumores e reduz significativamente os efeitos colaterais e o tempo de internação, representa um marco no atendimento aos pacientes do ICC. Pioneiro em áreas como a radiocirurgia estereotáxica – que permite o tratamento direcionado e seguro com radiação -, o ICC conta também com um dos maiores parques de radioterapia do Brasil e destaca-se no uso da oncogenética e da biologia molecular, desenvolvendo estratégias preventivas e tratamentos personalizados que atendem à crescente demanda por terapias inovadoras e eficazes no combate ao câncer.

A cirurgia foi realizada no maior complexo hospitalar oncológico do Norte e Nordeste. “Nosso objetivo é não apenas trazer o que há de mais avançado em tecnologia para o tratamento do câncer, mas também capacitar nossa equipe para realizar procedimentos complexos com a precisão que a cirurgia robótica oferece e garantir que a população tenha acesso a esses avanços, antes restritos a poucos centros de excelência”, explica o CEO do Grupo ICC, Caio Juaçaba.

Estreia bem sucedida

Antônio Braga agradeceu o trabalho realizado pelos médicos do ICC

A inauguração da plataforma de cirurgia robótica no ICC foi marcada por uma Prostatectomia Radical Laparoscópica Robô-Assistida com Linfadenectomia Estendida, realizada em Antônio Braga, 70 anos, diagnosticado com câncer de próstata. “Senti-me seguro em fazer o tratamento no ICC. Foi tudo muito rápido, e já estou indo para casa! Saber que estava passando pela primeira cirurgia robótica foi um alívio, pois tive uma equipe completa cuidando de mim. Agradeço aos doutores Ítalo Sampaio e Emanuel Veras. Que Deus abençoe a todos”, compartilhou o paciente, que recebeu alta no dia seguinte à realização do procedimento.

O Dr. Emanuel Veras, urologista do Hospital Haroldo Juaçaba e coordenador do Programa de Cirurgia Robótica do ICC, liderou a equipe cirúrgica nesta ocasião histórica, ao lado dos urologistas Gabriel Oliveira e Diego Capibaribe.

Formação e capacitação

Além de incorporar a mais avançada tecnologia, o Programa de Cirurgia Robótica do ICC visa qualificar equipes médicas e multidisciplinares, promovendo o desenvolvimento da prática cirúrgica minimamente invasiva. “Como centro de formação e capacitação, o ICC busca disseminar o treinamento em cirurgia robótica, democratizando o acesso e o domínio dessa tecnologia, um ganho significativo para a medicina brasileira”, conclui Emanuel Veras.

O equipamento será empregado em uma ampla gama de procedimentos, incluindo cirurgias urológicas (como câncer de rim e bexiga), além de intervenções ginecológicas, torácicas, de cabeça e pescoço e abdominais. Com essa iniciativa, o ICC não apenas eleva o padrão de atendimento médico na região, mas também se consolida como um centro de excelência em ensino e pesquisa, comprometido com a formação de novos especialistas e a promoção de avanços científicos. Assim, assegura que as inovações tecnológicas sejam integradas de forma contínua à prática clínica e disseminadas por todo o Brasil.

Equipe técnica que participou da primeira cirurgia robótica realizada em paciente atendido pelo SUS