O incidente, que afetou a operação do aeroporto por pelo menos um dia, paralisou a movimentação de cerca de 1.300 voos diários

O incêndio em uma subestação elétrica perto do Aeroporto de Heathrow, no Reino Unido, gerou uma das maiores interrupções nos voos desde a crise provocada pela nuvem de cinzas da Islândia, em 2010. O incidente, que afetou a operação do aeroporto por pelo menos um dia, paralisou a movimentação de cerca de 1.300 voos diários, provocando impactos significativos no sistema aéreo global e prejudicando a conectividade de passageiros em diversas partes do mundo.

O fechamento temporário de Heathrow, um dos aeroportos mais movimentados do mundo, pode gerar custos de até 20 milhões de libras por dia (US$ 26 milhões), com consequências que se estenderão por vários dias, conforme aviões e tripulações ficam impossibilitados de seguir seus destinos planejados. Especialistas questionam a falta de um sistema de backup à prova de falhas, considerando a importância vital da infraestrutura para a economia global.

A falha no fornecimento de energia não só afeta a operação de voos, mas também coloca em xeque a eficácia dos sistemas de contingência em instalações críticas. Para o governo britânico, a situação representa um aprendizado sobre como melhorar a resiliência de sua infraestrutura elétrica.

Além disso, a paralisação de Heathrow levanta questionamentos sobre a gestão do setor de aviação, que já havia sido impactado em 2023 por outra falha no sistema de controle de tráfego aéreo. A interrupção, com potencial para gerar cancelamentos em cadeia, coloca em evidência a necessidade de planejamento mais robusto para evitar tais crises no futuro.

No cenário atual, os passageiros afetados pelo caos nos voos não terão direito a compensação das companhias aéreas, uma vez que o evento é considerado uma causa externa. O custo da interrupção e quem será responsável por ele ainda são questões em aberto, em um processo que promete ser complexo e prolongado.