CRESCIMENTO

Indústria brasileira sobe para a 40ª posição em ranking de produção com 116 países

Por Redação - Em 22/10/2024 às 2:37 PM

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O crescimento da indústria deve impactar positivamente o Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, com previsão de crescimento de 2,8% ao longo dos 12 meses até agosto FOTO: Freepik

A indústria de transformação brasileira subiu 30 posições no ranking mundial de crescimento, passando da 70ª para a 40ª posição entre 116 países, com um crescimento de 2,9% no segundo trimestre de 2024 em relação a igual período do ano passado. As informações são de um levantamento do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).

O crescimento é atribuído, em parte, ao impacto defasado da redução da taxa Selic, que começou em agosto de 2023, facilitando o acesso ao crédito para bens duráveis. A Selic caiu de 13,75% para 10,50%, antes de uma leve alta para 10,75% em setembro.

O economista-chefe do Iedi, Rafael Cagnin, destacou que a melhoria na indústria de transformação está ligada a fatores como aumento de emprego e renda, programas de reajuste salarial, e injeções de demanda na economia, incluindo o retorno de financiamentos do BNDES e a redução de impostos sobre veículos.

O desempenho do Brasil também se destaca em comparação a outros países da América Latina. Na mesma análise, Chile, México, Colômbia e Argentina apresentaram quedas na produção. O resultado do Brasil superou também na comparação com economias como Estados Unidos, Reino Unido e Japão.

O crescimento da indústria deve impactar positivamente o Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, com previsão de crescimento de 2,8% ao longo dos 12 meses até agosto. O coordenador do Núcleo de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), Claudio Considera, indicou que a demanda por bens industriais, impulsionada por transferências governamentais e ampliação do emprego, tem contribuído para o consumo.

O estudo do Iedi mostra que a expansão da indústria de transformação brasileira foi semelhante à média mundial, com um crescimento de 2,3% no acumulado do primeiro semestre de 2024.

Contudo, o novo ciclo de alta da taxa de juros, iniciado em setembro, gera preocupações. Cagnin observou que isso pode afetar a dinâmica positiva da indústria, além das barreiras comerciais impostas por Estados Unidos e Europa no comércio com a China, que podem aumentar a concorrência para produtos brasileiros.

“Por ora, é uma luz amarela”, concluiu Cagnin, ressaltando que o ano de 2024 deverá ser positivo para o setor.

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