PESQUISA FIEC/CNI

Indústria cearense: 51% reclamam da falta de colaboradores qualificados

Por Marcelo - Em 26/10/2020 às 7:06 PM

Um levantamento realizado pelo Observatório da Indústria da FIEC, em parceria com a CNI e divulgado nesta segunda-feira (26), revelou que 51% das indústrias cearenses sofrem com a falta de mão de obra qualificada, impactando na produtividade e na competitividade das empresas. Mas houve melhoras, pois em 2013, ano do estudo anterior, 61% das indústrias apontavam que tinham alguma dificuldade em encontrar profissionais qualificados.

Trabalhador industrial deve se manter cada vez mais qualificado                    Foto: Divulgação

Apesar dessa redução, a qualificação dos trabalhadores para a indústria cearense segue abaixo do esperado. “Esse resultado mostra o quanto a falta de trabalhador qualificado continua sendo um desafio para o Brasil e para o Ceará, principalmente quando observamos os dados de desemprego brasileiro no período de coleta da pesquisa, quando registrava em 11,6% as pessoas com idade para trabalhar e que estavam ativamente em busca do emprego”, diz o estudo.

Participaram da pesquisa 104 indústrias cearenses, sendo que as de pequeno porte são as mais afetadas, com 55% delas indicando a dificuldade em encontrar trabalhadores qualificados. Entre as grandes empresas esse percentual é de 50% e entre as médias, de 48%. Em 2013, as grandes empresas lideravam esse ranking, com 66% delas destacando tal carência no seu dia a dia.

Um aspecto importante revelado pelo estudo são as restrições produtivas em decorrência da falta de trabalhador qualificado. Entre as indústrias que apresentaram dificuldade com a escassez de mão de obra qualificada, 66% apontaram o impacto direto na busca por produtividade. Além de travar a produtividade, o problema se reflete também na dificuldade de melhorar a qualidade dos produtos (59%), desenvolver novos produtos (28%), ampliar as vendas (30%), adquirir ou absorver novas tecnologias (25%), entre outros.

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